ANTIGUIDADE

Os cheiros das múmias egípcias


Estudo da Universidade College London (UCL) e da Universidade Ljubljana descreve o cheiro das múmias do Egito antigo

Por João Ribeiro
EMMA PAOLIN

Novidade

É a primeira vez que os aromas de corpos mumificados são sistematicamente estudados, utilizando técnicas instrumentais e sensoriais, como um 'nariz eletrônico' e 'farejadores humanos' treinados

Anne-Christine POUJOULAT / AFP

Preservação

Os autores do estudo esperam que o uso desse tipo de análise química possa ajudar a manter os conservadores seguros, proteger artefatos antigos e preservar sua herança olfativa

Cris BOURONCLE / AFP

Cheiro para os antigos egípcios

Os antigos egípcios consideravam o cheiro um aspecto fundamental do processo de mumificação, já que os odores agradáveis eram associados aos corpos de divindades e sua pureza, enquanto os fétidos eram indicativos de corrupção e decadência do organismo

Reprodução/National Museum of Egyptian Civilization

Aroma agradável

Ainda que tenham se passado 5 mil anos, os conservadores costumam descrever o aroma das múmias como agradável, por conta do produto de resinas e óleos coníferos — como pinho, cedro e zimbro —, resinas de goma — como mirra e olíbano — e ceras

Reprodução/Wikimedia Commons/Daderot

Técnicas

Cromatógrafo de gás acoplado a um espectrômetro de massa foram utilizados para medir e quantificar produtos emitidos por nove corpos mumificados do antigo Egito, armazenados no Museu Egípcio no Cairo

Reprodução/Wikimedia Commons/TAREK HEIKAL

'Farejadores humanos'

Um painel de 'farejadores humanos' treinados também foi utilizado para descrever os cheiros em termos de qualidade, intensidade e agradabilidade

Reprodução/Getarchive

Identificação

Com essas técnicas, foi possível identificar o cheiro emitido pelo item arqueológico, por produtos de conservação ou pesticidas que podem ter sido adicionados posteriormente, ou da deterioração natural — devido a fungos, bactérias e outros microrganismos

Reprodução/World History/Mark Cartwright