Nascido em 29 de novembro de 1933, no bairro do Brás, na capital paulista, Cuoco teve uma infância simples, trabalhando como feirante ao lado do pai. A paixão pelas artes surgiu ainda jovem, levando-o a abandonar os estudos em direito para ingressar, nos anos 1950, na Escola de Arte Dramática (EAD), hoje vinculada à Universidade de São Paulo (USP)
TV Globo/DivulgaçãoFoi nos palcos que o ator deu os primeiros passos na carreira, estreando em 1958 ao lado de Fernanda Montenegro e Sérgio Britto na peça 'A Muito Curiosa História da Virtuosa Matrona de Éfeso'. A transição para a televisão veio logo depois, com participações em teleteatros na TV Tupi e, posteriormente, nas novelas da TV Record
DivulgaçãoO primeiro papel em folhetins foi em 'Marcados Pelo Amor', mas foi com 'Legião dos Esquecidos', que Francisco Cuoco se consolidou como galã, fazendo par romântico com Regina Duarte — dupla que anos depois voltaria a se encontrar na clássica 'Selva de Pedra'
MBRTVA entrada na TV Globo ocorreu em 1970, com a novela 'Assim na Terra como no Céu', de Dias Gomes, em que Cuoco interpretou o padre Vítor, personagem que largava a batina após se apaixonar. Um detalhe curioso dessa época é que ele podia ser visto, ao mesmo tempo, tanto na Globo quanto na TV Tupi, que exibia uma reprise da novela 'Sangue do Meu Sangue'
Acervo/GloboEm 1972, viveu Cristiano Vilhena em 'Selva de Pedra', um jovem interiorano movido pela ambição de vencer na vida, mas que, ao longo da trama, quase perde o amor de Simone, papel novamente de Regina Duarte
Acervo/GloboEm 1975, assumiu aquele que muitos consideram seu personagem mais emblemático: o taxista Carlão, protagonista de 'Pecado Capital', escrita por Janete Clair. No enredo, Carlão enfrenta um dilema moral ao encontrar uma mala com dinheiro de um assalto e ter que decidir entre denunciar o crime ou usar a fortuna para mudar de vida
Acervo/GloboDois anos depois, em 1977, Francisco Cuoco brilhou novamente como protagonista de outra novela: 'O Astro', de Janete Clair. Interpretou o personagem Herculano Quintanilha, um ex-golpista que vira vidente e ascende ao mundo dos negócios
Acervo/GloboAo longo das décadas de 1980 e 1990, Francisco Cuoco continuou em papéis de destaque, como em 'Sétimo Sentido' (1982), 'O Outro' (1987), interpretando os gêmeos Denizard e Paulo Della Santa, e em 'A Próxima Vítima' (1995), mais um grande sucesso da Globo
Vieira de Queiroz/GloboTambém esteve em novelas como 'O Salvador da Pátria', 'Quem é Você?', 'Amor à Vida' e 'I Love Paraisópolis'. A última aparição dele em novelas foi em 'Salve-se Quem Puder', em 2020, já com a saúde debilitada
Reprodução/InstagramApesar de uma carreira muito mais associada à televisão, Cuoco sempre manteve laços com o teatro. Após um longo afastamento dos palcos, ele retornou em 2005, com a peça 'Os Três Homens Baixos'. Nos anos seguintes, participou de montagens como 'Circuncisão em Nova York' (2008), 'Deus é Química' (2009) e 'Uma Vida no Teatro' (2013)
Reprodução/InstagramAo longo da trajetória, acumulou diversos prêmios, incluindo o Troféu Imprensa e a honraria de ser considerado, por várias gerações de telespectadores, um dos maiores galãs da televisão brasileira. A voz grave, presença cênica marcante e a capacidade de transitar entre drama, romance e suspense, o tornaram uma referência na história da teledramaturgia nacional
TV Globo/Divulgação