A paisagem é de tirar o fôlego. No topo da montanha, uma imensa cratera abriga o lago Segara Anak, de águas azuladas, rodeado por paredões de rochas vulcânicas. Dentro da própria cratera, ergue-se ainda o cone Barujari, responsável pelas erupções mais recentes do Rinjani
O último episódio eruptivo foi em 2016, quando o vulcão lançou uma coluna de cinzas a mais de 2 quilômetros de altura. Desde então, a atividade vulcânica continua sendo monitorada pelas autoridades locais
Mas não é apenas a beleza que chama atenção. A trilha até o cume do Rinjani é considerada uma das mais desafiadoras da Ásia. São até quatro dias de caminhada em terreno íngreme, com mudanças bruscas de altitude, trilhas estreitas e pedras soltas
Além disso, o clima da região é imprevisível. Chuvas repentinas e nevoeiros densos são frequentes, o que pode dificultar a navegação e aumentar os riscos para quem se aventura pela montanha
O desaparecimento da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, volta a chamar atenção para os perigos da região. Ela caiu em uma área de difícil acesso, a cerca de 300 metros abaixo da trilha, dentro da caldeira do vulcão, na sexta-feira (20/6). Segundo atualizações, ela escorregou mais um pouco e já está há 500 metros
O local onde Juliana desapareceu é conhecido pelas encostas abruptas e instabilidade do solo, resultado da formação geológica do próprio vulcão. As operações de resgate enfrentam dificuldades extras por causa do terreno íngreme, das condições climáticas e da baixa visibilidade
Apesar dos riscos, o Monte Rinjani continua sendo um dos pontos turísticos mais populares da Indonésia, recebendo milhares de visitantes todos os anos. Quem decide encarar a subida precisa estar fisicamente preparado, seguir as recomendações dos guias locais e sempre conferir os alertas de segurança antes da trilha