ARTE

Os hábitos inusitados de Salvador Dalí para manter a criatividade


Um dos nomes mais reconhecidos do surrealismo, pintor espanhol tinha truques para se inspirar e acessar lado excêntrico da (in)consciência

Por Lara Perpétuo
Divulgação

Excêntrico

Entre cochilos interrompidos, crenças e formas de se arrumar, Salvador Dalí tinha hábitos que o permitiam ser figura excêntrica

Allan Warren/CC BY 3.0/Wikimedia Commons

Inspiração

Inspiração para o próprio trabalho, esses truques auxiliaram o pintor a ser reconhecido como um dos mais importantes nomes do surrealismo

Philippe Halsman/Domínio público

‘Dormir com uma chave’

Esse método proposto por Dalí consistia em sentar-se em uma poltrona com uma chave de metal pesada na mão, sob a qual ficaria um prato também de metal

Domínio público

Soneca interrompida

Ao dormir, a pessoa soltaria a chave, que bateria no prato e faria um barulho que a acordaria. Para Dalí, isso faria com que o artista se sentisse física e psiquicamente revitalizado

Domínio público

Drogas

Embora os quadros surrealistas de Dalí pudessem levar a pensar que ele utilizava entorpecentes ao pintar, o artista dizia que não usava drogas: 'Eu sou as drogas'

Allan Warren/CC BY SA 3.0/Wikimedia Commons

Método ‘paranoico-crítico’

Para acessar o subconsciente a fim de ter inspiração surrealista, Dalí desenvolveu o próprio método, chamado 'paranoico-crítico'

Los Angeles Times/CC BY SA 3.0/Wikimedia Commons

Estado induzido

O método tratava-se, basicamente, de induzir estado de paranoia controlada que permitia a desconstrução da identidade e incentivava projeções motivadas pelo subjetivo

CC BY SA 4.0/Wikimedia Commons

Semi-lucidez

Dizem que, para induzir o estado de semi-lucidez, ele ficava de cabeça para baixo até quase desmaiar

AFP

Reencarnação

Dalí acreditava ser a reencarnação de um irmão de mesmo nome que morreu aos 22 meses de idade, nove meses antes de ele nascer. O tema se tornou recorrente na obra dele

Reproducao

‘Prazer de ser Salvador Dalí’

Todos os dias ao acordar, o pintor tinha um ritual. 'Sinto um prazer supremo: o de ser Salvador Dalí', contou em 1953. 'E me pergunto que coisa prodigiosa ele fará hoje'

Allan Warren/CC BY-SA 3.0 via Wikimedia Commons

Moda

O pintor espanhol era excêntrico na moda e tinha estilo bastante característico. Ao longo da vida, elaborou também designs, como um chapéu em formato de sapato

Library of Congress

Bigode

O famoso bigode de Dalí era inspirado na literatura e em nomes como Marcel Proust, que segundo ele usava do mesmo tipo de pomada para modelar os pelos faciais

Gaceta Ilustrada/CC BY-SA 4.0 via Wikimedia Commons

Psicanálise

Além de Proust, o trabalho de Dalí foi muito influenciado por teorias de Freud sobre psicanálise e repressão sexual

Studio Harcourt/Domínio público

Sexo

De acordo com o portal da sociedade de arte Sotheby’s, Salvador Dalí era fascinado e apavorado por sexo na mesma medida em que era apavorado por interações sexuais

CC0 via Wikimedia Commons

Jaguatirica

Na década de 1960, Dalí adotou uma jaguatirica, a que chamou de Babou, e a levava para todos os lugares. Ele também tinha um tamanduá de estimação

Library of Congress/Domínio público

Culinária

Na década de 1970, Dalí escreveu, junto à esposa, um livro de receitas surrealistas com alguns dos pratos que ele servia em jantares, como caracóis, lagostas e ovos

Omar José Rodríguez González/CC BY SA 4.0

Símbolos

Todos esses alimentos e animais eram símbolos recorrentes na obra dele, junto a formigas, elefantes, gafanhotos e cômodas, cada um com significado próprio

Philippe Halsman/CC BY SA 2.0/Wikimedia Commons

Dinheiro

Dalí era obcecado por dinheiro e fazia de tudo para não perdê-lo. Sotheby’s diz que ele riscava o verso dos cheques ao pagar jantares, para que não fossem descontados

Domínio público

Polêmicas

Apesar de as vanguardas artísticas serem contrárias ao fascismo, o pintor surrealista era simpático a Adolf Hitler, líder nazista, e chegou a pintar quadros sobre ele

AFP