Marília foi uma das principais vozes do movimento que deu protagonismo às mulheres no sertanejo. Com letras sinceras, abriu espaço para outras artistas e consolidou o chamado 'feminejo'
Antes mesmo de ser conhecida como cantora, Marília compunha músicas para outros artistas. Começou profissionalmente aos 13 anos e acumulou mais de 300 composições registradas
Seu primeiro empresário, Wander Oliveira, contratou Marília como compositora ainda adolescente. Ele via nela um talento raro, mesmo sem acreditar de imediato em sua carreira como intérprete
Com 'Alô Porteiro' e 'Sentimento Louco', o primeiro trabalho solo lançou as bases do estilo direto e emocionante que marcaria toda sua carreira
No segundo show da vida, Marília se emocionou ao cantar e não conseguiu terminar. O público completou a canção, revelando que ela já era adorada
Marília dividiu o palco com Henrique & Juliano, Bruno & Marrone, Zezé Di Camargo, Anitta e até Dulce María, do RBD — unindo estilos e públicos diferentes
Ela emplacou hits como 'Infiel', 'De Quem É a Culpa?', 'Ciumeira' e 'Todo Mundo Vai Sofrer', trilha sonora oficial de muitos corações partidos
O projeto com Maiara & Maraisa reforçou a união feminina no sertanejo e se transformou em fenômeno nacional, com turnês esgotadas e álbum colaborativo
Além de seus próprios hits, escreveu 'Cuida Bem Dela' e 'Flor e o Beija Flor', eternizadas por Henrique & Juliano, e 'É Com Ela Que Eu Estou', de Cristiano Araújo
Ao todo, Marília lançou sete álbuns e 11 EPs. Após sua morte, a série 'Decretos Reais' trouxe músicas inéditas e emocionou fãs no Brasil inteiro
Mesmo após sua partida, Marília continua sendo uma das artistas mais ouvidas no digital, com receita significativa para os detentores de seus direitos
O banco de dados do Ecad mostra 345 composições e 482 gravações feitas por ela. Um repertório que ainda deve revelar músicas inéditas no futuro
Maiara revelou que há dezenas de composições feitas com Marília que ainda não foram lançadas — aumentando a expectativa de futuros lançamentos póstumos
Marília quebrou estereótipos: mostrou que era possível cantar a dor com força, emocionar sem vitimismo e exaltar as mulheres sem antagonizar os homens