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Conheça Ed Wood, o “pior cineasta da história”


Por Flipar
Wikimedia Commons Edward D. Wood, Jr.

Ele é considerado por muitos o pior cineasta da história.

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O autor ficou conhecido por suas obras de terror e ficção científica. Uma dessas, “Plano 9 do Espaço Sideral”, viria a se tornar um clássico cult do cinema trash.

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Inclusive, esse foi o último filme da carreira do ator Bela Lugosi – o eterno Drácula – , com quem Wood estabeleceu uma profunda amizade.

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Wood se mudou para Hollywood em 1947, após servir na Segunda Guerra Mundial.

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Nessa época, ele começou a escrever roteiros e dirigir alguns comerciais para a TV, além de alguns faroestes de baixíssimo orçamento.

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Fã assumido do também cineasta Orson Welles (foto), Wood decidiu seguir o ídolo e assim se assumir como um autor multifuncional.

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Wood dirigia, produzia, escrevia e em alguns casos até atuava em seus projetos.

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Acontece que, por conta de limites orçamentários e técnicos, suas obras ficaram marcadas por narrativas confusas, desconexas e efeitos visuais terríveis até mesmo para a época.

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Em “Plano 9 do Espaço Sideral”, por exemplo, foi possível enxergar os cabos de sustentação que prendiam as naves espaciais, pedras de papelão e o uso de cortinas de chuveiro nas cabines de um avião.

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Inclusive, foi durante as gravações de “Plano 9” que Bela Lugosi acabou falecendo.

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Para substituí-lo, Wood achou melhor contratar o próprio dentista e assim, segundo o diretor, economizar mais tempo.

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Outras características marcantes dos trabalhos de Wood são: a estética considerada cafona, reaproveitamento de imagens que não foram utilizadas em outras obras e a participação de atores e atrizes excêntricos.

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Um desses atores foi o ex-lutador de luta livre sueco, Tor Jonhson, que chegou até a ganhar uma máscara que ficou muito popular nas festas de Halloween dos EUA.

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Após sucessivos casos de depressão, Ed Wood faleceu em 1978, vítima de um ataque cardíaco.

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Em 1980, Wood foi postumamente premiado com o The Golden Turkey Awards de Pior Diretor de Todos os Tempos.

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O prêmio causou efeito inverso e fez despertar a curiosidade do público pelas suas obras e sua vida pessoal.

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Justamente na vida particular, Wood era conhecido por sua excentricidade. Gostava, por exemplo, de se vestir com roupas que, na época, eram consideradas femininas.

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Na sua biografia (Nightmare of Ecstasy: The Life and Art of Edward D. Wood Jr.), lançada em 1992, há alguns relatos curiosos.

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Em um deles, a esposa de Wood, Kathy O’Hara, conta como a mãe do cineasta gostava de vesti-lo com roupas de menina quando ele ainda era criança.

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Algumas dessas histórias foram retratadas na cinebiografia “Ed Wood” (1994), dirigida por Tim Burton.

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Com Johnny Depp no papel principal, a trama se passa na década de 50 e explora, entre outros detalhes, a relação entre Wood e Bela Lugosi.

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O longa sobre a vida do “pior cineasta de todos os tempos” chegou a faturar dois Oscars: Melhor Maquiagem e Melhor Ator Coadjuvante para Martin Landau.

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Apesar de todas as críticas, há quem reconheça que Wood nunca deixou de ter perseverança e paixão por aquilo que fazia (foto: filme “Ed Wood”).

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