Bonner também é o editor-chefe do JN e esse cargo passará a ser ocupado pela atual adjunta, Cristiana Souza Cruz. As mudanças serão em novembro. E Bonner deu a notícia aos espectadores durante o JN de 1/9. Disse que há cinco anos decidiu que sairia do jornal, mas precisava organizar sua substituição.
Ele afirmou queo Globo Repórter é o único produto do jornalismo da Globo em que ele ainda não atuou. E, portanto, será um acréscimo em sua carreira. E enfatizou que fará reportagens no programa e terá chance de conciliar melhor a rotina familiar
As especulações sobre uma possível saída de Bonner já ocorreram diversas vezes nos últimos anos. A cada ausência do apresentador na bancada, surgiram novos rumores.
Tanto que, no dia18/8/2025, Bonner fez questão de gravar uma mensagem no Instagram, ao lado do colega Helter Duarte, para explicar por que Helter apresentaria o Jornal Nacional naquela noite.
Helter disse: 'Porque você está gripado. Você é um paciente difícil, não devia ter vindo, devia ter ficado descansando em casa, mas você veio para fechar o jornal. É por isso, está dodói, gripado'.
'Eu tô desde sábado com a voz bem alterada. E eu queria só dar uma satisfação porque eu desapareço do ar e as pessoas já ficam achando que eu tô matando serviço. Não tô matando serviço não”, disse Bonner com bom humor.
Recentemente, o colunista Alessandro Lobianco havia publicado que a saída do jornalista já estaria endo negociada com a Globo para ocorrer ainda em 2025.
A mudança estaria sendo conduzida de forma estratégica e discreta. Relembre a trajetória de William Bonner
Nascido em 16 de novembro de 1963, em São Paulo, Bonner se formou em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Apesar de ter iniciado sua trajetória profissional como redator publicitário e locutor de rádio, foi na televisão que sua carreira decolou.
Em 1985, Bonner trabalhou na TV Bandeirantes como locutor e apresentador. Um ano depois, já foi convidado para ingressar na Rede Globo.
Seu primeiro trabalho na emissora foi como apresentador e editor no telejornal local “SPTV”.
Em 1988, ganhou projeção nacional ao apresentar o Fantástico. Em 1989, comandou o Jornal da Globo.
Em 1996, Bonner teve a oportunidade de assumir a bancada do Jornal Nacional, o principal telejornal da Globo, ao lado de Lillian Witte Fibe.
Em 1999, ele também se tornou o editor-chefe do noticiário, cargo que lhe deu grande influência na definição das pautas e no formato do JN.
Em 2009, ele lançou o livro 'Jornal Nacional: Modo de Fazer', em homenagem aos 40 anos do telejornal.
A vida pessoal de Bonner também atraiu a atenção do público, especialmente seu casamento e divórcio com a também jornalista Fátima Bernardes, com quem dividiu a bancada do JN por 13 anos.
Juntos, eles tiveram três filhos trigêmeos. O casamento, que durou 26 anos, terminou em 2016.
Em 2018, Bonner se casou novamente, dessa vez com a fisioterapeuta Natasha Dantas, com quem está junto até hoje.
Ao longo de sua carreira, Bonner esteve à frente de coberturas históricas, como os atentados de 11 de setembro de 2001 e a morte de figuras importantes, como o Papa João Paulo II, em 2005.
Ao longo da carreira, Bonner recebeu diversos prêmios de jornalismo e comunicação, entre eles um 'Prêmio Unesco' e um Emmy Internacional na categoria Notícia.