Afinal, o filósofo francês Nicole Oresme, figura respeitada do século XIV, escreveu por volta de 1370 que o pano teria sido falsificado para beneficiar a Igreja. Essas observações aparecem em sua coletânea Problemata, datada entre 1355 e 1382, mas permaneceram praticamente ignoradas por séculos, apesar de a obra ser amplamente estudada.
O achado foi feito pelo pesquisador Nicolas Sarzeaud, da Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, ao analisar uma versão editada do tratado. O estudo, publicado no Journal of Medieval History, reforça o debate sobre a origem do Sudário, considerado por alguns como prova da ressurreição de Jesus e, por outros, apenas uma criação medieval.
A tecnologia avançada da Inteligência Artificial foi usada recentemente, aliás, para criar uma representação do rosto de Jesus Cristo usando o Santo Sudário.
Segundo a crença cristã, o Santo Sudário seria uma espécie de manto que teria envolvido o corpo de Cristo após sua crucificação. Os pesquisadores afirmam que essa técnica revelou a imagem mais clara já vista do tecido, e dá uma ideia de como Jesus de Nazaré poderia ter parecido.
Há mais de 90 anos, foi realizada a primeira exposição pública do Santo Sudário em quatrocentos anos pela Igreja Católica.
Esse objeto misterioso, que costuma gerar debates, é considerado pelos cristãos como uma representação do rosto real de Jesus Cristo.
Acredita-se que o sudário tenha envolvido o corpo de Jesus após sua crucificação no Gólgota, região próxima de Jerusalém. A imagem foi gerada a partir da ferramenta conhecida como Midjourney, pelo jornal britânico “Daily Star”, com o intuito de celebrar a data.
Também conhecido como o Sudário de Turim, o Santo Sudário é um lençol de linho tecido em padrão de espinha de peixe, com 4,41 metros de comprimento e 1,13 metro de altura
Ele é famoso por apresentar uma imagem que, segundo a crença de alguns, seria um reflexo do corpo de Jesus após a ressurreição.
Estima-se que o sudário tenha 4,41 metros de comprimento e 1,13 metro de altura.
Para os fiéis, o Santo Sudário tem marcas de sangue e manchas que correspondem aos ferimentos descritos na história da crucificação de Jesus. Mas Sudário é altamente debatido e estudado por cientistas, historiadores e religiosos ao longo dos anos.
Alguns creem que seja uma relíquia sagrada autêntica, enquanto outros acreditam que seja uma falsificação medieval. Em 1973, o Sudário de Turim foi submetido à análise de uma junta de cientistas e eles afirmaram que as manchas no tecido eram gotículas de tinta ocre.
Em 1988 foi feita a datação por carbono-14 e concluiu-se que o material era bem mais recente do que a época de Jesus. Três laboratórios apontaram o tecido como do século 13 ou 14.
A Igreja Católica não costuma ter uma resposta definitiva sobre a autenticidade do Sudário, deixando a questão em aberto para a investigação científica.
O Sudário fica guardado na capela real da Catedral de San Giovanni Battista em Turim, na Itália, e é exibido ao público apenas em ocasiões especiais.
Segundo o Evangelho de Mateus (Mateus 27:59) e o Evangelho de João (João 19:38–40), há indícios de que José de Arimateia e os apóstolos Pedro e João tiveram algum envolvimento com o Sudário.
Em 1930, o bispo francês Pierre d’Arcis disse ao Papa Clemente VII que o Sudário seria uma “artimanha inteligente”, questionando a veracidade da peça.
O primeiro registro histórico do sudário data de 1354, quando ele foi entregue a uma igreja na cidade francesa de Lirey pelo conde Geoffroi de Charnay.
Em 1535, o sudário foi danificado por um incêndio, deixando marcas de queimaduras no tecido. Até o momento, não há evidências científicas conclusivas que comprovem ou desmintam a crença de que o tecido é de fato a mortalha de Jesus.