Depois de afirmar ser Madeleine, a jovem polonesa Julia Wandelt foi às lágrimas no tribunal ao ouvir que ela não tem qualquer parentesco com os McCann.
O promotor Michael Duck declarou que há 'provas científicas inequívocas' de que elas não são a mesma pessoa.
Julia Wandelt, também chamada de Julia Wendell ou Julia Faustyna, está sendo julgada ao lado de Karen Spragg, de 61 anos.
Elas são acusadas de perseguir os pais e irmãos de Madeleine entre junho de 2022 e fevereiro de 2025. Ambas negam as alegações.
Julia foi detida no dia 19 de fevereiro de 2025, logo após desembarcar no Reino Unido.
Dias antes, ela havia alegado ter novos testes de DNA que “comprovavam” seu parentesco com Gerry McCann, pai de Madeleine.
No entanto, testes anteriores, divulgados em abril de 2023, já tinham negado qualquer possibilidade de ela ser Madeleine, indicando que sua ascendência é polonesa, lituana e romena.
Após os primeiros resultados, Julia chegou a se desculpar com os McCann e se afastou da mídia, passando um período nos Estados Unidos sob proteção da médium Fia Johansson.
Mesmo assim, a polonesa voltou a insistir em novas análises genéticas, que, segundo ela, mostravam semelhanças físicas e biológicas com a criança desaparecida.
Contudo, o promotor Michael Duck reiterou no tribunal que Julia Wandelt definitivamente não é Madeleine McCann.
O caso Madeleine McCann é um dos desaparecimentos mais notórios e duradouros do mundo, mantendo-se sem solução mais de 18 anos.
Ela desapareceu em 3 de maio de 2007, aos três anos, do apartamento de férias da família na Praia da Luz, no Algarve, em Portugal.
Seus pais, Kate e Gerry McCann, estavam jantando com amigos nas proximidades e faziam rondas para checar os filhos, que estavam dormindo no quarto.
Inicialmente, as autoridades portuguesas chegaram a considerar os pais como suspeitos, mas o caso foi arquivado por falta de provas.
Em junho de 2020, promotores alemães disseram ter “provas concretas” apontando o alemão Christian Brückner como o principal suspeito de ter sequestrado e assassinado Madeleine.
Em junho de 2025 equipas alemãs, com a colaboração de Portugal, conduziram buscas em terrenos e edifícios abandonados perto de Praia da Luz e de locais associados ao suspeito, na tentativa de encontrar vestígios relevantes.
Em setembro de 2025, Brückner foi libertado de uma prisão alemã após cumprir uma pena por um outro crime que não tem relação com o sumiço de Madeleine.
A polÃcia britânica e o Ministério Público alemão mantêm a investigação em curso.
Os promotores alemães afirmam publicamente que as provas que possuem ainda não são fortes o suficiente para garantir uma condenação de Brückner em tribunal.