Fagundes havia sido consultado sobre as diferenças políticas entre os dois e afirmou que não guarda mágoas, embora considere a ex-parceira de cena “equivocada” em suas opiniões.
“Não tenho raiva dela. Regina foi uma excelente companheira de trabalho. Equivocada, do meu ponto de vista, mas tem muita gente que a apoia. Eu respeito a posição dela, ela tem direito a apoiar quem quiser”, disse o ator a uma rádio portuguesa.
Durante uma participação no evento de lançamento da biografia de sua filha, Gabriela Duarte, no dia 3 de outubro, Regina, que já foi alvo de críticas mais incisivas de outras pessoas, se manifestou sobre a fala.
'Alguém me falou sobre isso e disse que ele foi muito carinhoso comigo e eu estou muito feliz: ‘Fagundes, beijão querido, parceirão’!', comentou.
'Eu não me sinto autorizada a ficar julgando o que está acontecendo, cada um vai agir do seu jeito, da sua maneira. A gente precisa respeitar o próprio trabalho e respeitar o trabalho dos outros, pronto. Feito isso, está tudo ok”, concluiu Regina.
Desde que a atriz Regina Duarte manifestou apoio público a Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, suas opiniões políticas vêm gerando atritos com diversos colegas de profissão.
Um desses confrontos foi com o ator José de Abreu, com quem as discussões se estenderam pelas redes sociais.
Em junho de 2025, o ator chegou a dizer que 'não se dá com esse tipo de gente', ao se referir à ex-colega. 'Não tem como. Não consigo conviver com gente homofóbica. Não consigo conviver com preconceito', declarou ele à revista Veja.
Em 2022, Regina Duarte criticou um personagem gay no filme 'Cinderela' e disse que a produção da Disney era uma 'ameaça aos valores das crianças'.
As polêmicas se intensificaram durante a breve passagem da atriz pelo governo em 2020, quando assumiu o cargo de Secretária Especial da Cultura.
Na época, a atriz minimizou a ditadura militar e a tortura no Brasil, provocando uma onda de críticas de artistas.
A poeta e atriz Elisa Lucinda, por exemplo, demonstrou surpresa com a postura da colega, alegando que Regina 'nem parecia a amiga que ela conhecia há muitos anos'.
Em abril de 2025, o ator Paulo Betti também detonou a ex-colega: 'E ela acusando de que não há democracia? Tem um desvio aí que não entendo se é psicológico ou de caráter mesmo. Não é possível.'
Até mesmo Gabriela Duarte, sua filha, manifestou desacordo público com os posicionamentos políticos da mãe, dizendo ter sido afetada pelas polêmicas que Regina protagonizou.
Apesar das polêmicas, Regina Duarte é considerada uma das atrizes mais prestigiadas da TV brasileira.
Ela iniciou sua carreira nos anos 1960, fazendo novelas para a extinta TV Excelsior. Na Globo, Regina estreou em 'Véu de Noiva', de 1969.
No início dos anos 70, Regina ganhou o apelido de 'A Namoradinha do Brasil' por conta de suas personagens românticas.
Em 1971, ganhou destaque nacional como a protagonista de “Minha Doce Namorada' e consolidou-se ainda mais com “Selva de Pedra”, de 1972.
Alguns de seus papéis mais marcantes foram como a camponesa Ritinha em 'Irmãos Coragem', de 1970, e a socialite Malu em 'Malu Mulher', de 1979.
Regina também se tornou a atriz que mais interpretou a famosa personagem Helena nas novelas de Manoel Carlos: 'História de Amor', de 1995, 'Por Amor', de 1997, e 'Páginas da Vida', de 2006.
Seu último trabalho na TV Globo foi como Madame Lucerne em 'Tempo de Amar', de 2017.