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Fagner celebra 76 anos e se prepara para show no Festival Estilo Brasil


Raimundo Fagner Cândido Lopes, uma das vozes mais marcantes do cenário musical nordestino e brasileiro, completa 76 anos em 13 de outubro. O cantor, então, se prepara para um show memorável no Festival Estilo Brasil, no Ulysses Centro de Convenções, em Brasília, no dia 24 de outubro.

Por Lance
Reprodução do Instagram @fagneraimundo

Além de Fagner, artistas como Martinho da Vila, Caetano Veloso, Tim Bernardes, Paralamas do Sucesso e Dado Villa Lobos, Lô Borges, Beto Guedes e Sérgio Hinds também irão se apresentar no Festival.

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Ícone da Música Popular Brasileira, o experiente artista se mantém em intensa atividade criativa após mais de cinco décadas de uma trajetória marcante, que conquistou uma legião de fãs.

Reprodução do Instagram @mpb_bossa_

Após um hiato de 10 anos desde o último álbum solo de inéditas, intitulado de “Pássaro Urbano”, de 2014, o artista lançou recentemente “Além desse futuro”. Um disco que pretende focar em sentimentos, como o amor e a resiliência.

José Cruz/ABr - Agência Brasil/Wikimédia Commons

O cantor nasceu em Orós, no Ceará, e foi criado em um ambiente musical vibrante, influenciado por sua família. Seu pai tinha origem libanesa e cantava canções árabes, assim como passou ao filho o gosto pelas serestas nordestinas.

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A carreira musical de Raimundo Fagner começou ainda criança, aos seis anos, quando ganhou um concurso infantil na rádio local ao cantar uma música para o Dia das Mães.

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Ao longo de sua formação musical, ele teve como referências grandes nomes da música brasileira, como Luiz Gonzaga, Orlando Silva e Nelson Gonçalves, além da música libanesa ouvida em casa.

- Reprodução do Instagram @mpb_bossa_

Na adolescência, formou grupos musicais vocais e instrumentais e começou a compor suas próprias canções. Venceu, em 1968, o IV Festival de Música Popular do Ceará com a música 'Nada Sou', em parceria com Marcus Francisco.

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Chegou a se matricular no curso de arquitetura na Universidade de Brasília, mas abandonou a faculdade para se dedicar integralmente à música.

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O lado profissional decolou em 1971, em Brasília, ao vencer o festival da Ceub com a música 'Mucuripe', em parceria com Belchior. Elis Regina gravou a canção no ano seguinte, o que consagrou Fagner como compositor e impulsionou sua carreira.

Domínio Público/Wikimédia Commons

Em 1973, lançou seu primeiro álbum, 'Manera Fru Fru, Manera', que se tornou um sucesso e trouxe duas canções clássicas: 'Mucuripe' e 'Canteiros'.

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O cantor fez, em 1973, a trilha sonora do filme 'Joana, a Francesa', que o levou à França, onde teve aulas de violão flamenco e canto. De volta ao Brasil, gravou, em 1975, seu segundo álbum de estúdio, intitulado 'Ave Noturna', que foi lançado pela gravadora Continental.

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Fagner, então, teve uma de suas canções na trilha sonora de uma novela. Foi com 'Beco dos Baleiros', de Petrúcio Maia e Brandão, na obra 'Ovelha Negra' da TV Tupi. Ainda pela gravadora Continental, gravou um compacto simples ao lado de Ney Matogrosso.

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Assim, seu terceiro disco, lançado pela gravadora CBS, foi um sucesso em vendas, com 40 mil exemplares na primeira semana. Já o quarto, intitulado 'Orós', de 1977, teve arranjos e direção musical de Hermeto Pascoal.

Reprodução do Instagram @fagneraimundo

Ao assinar com a CBS, Fagner exigiu ser contratado também como produtor. Assim, ele ajudou a lançar vários nomes do Nordeste brasileiro, incluindo Zé Ramalho, Elba Ramalho, Amelinha e o próprio Robertinho de Recife.

Reprodução do Instagram @fagneraimundo

Os álbuns mais marcantes do artista nos anos 80 incluem 'Eternas Ondas', de 1980, 'Traduzir-se', de 1981, 'Fagner', de 1982, e 'Romance no Deserto', de 1987. Esses discos solidificaram sua carreira, com sucessos como 'Canção Brasileira', 'Borbulhas de Amor' e 'Deslizes'.

Reprodução do Instagram @fagneraimundo

Nos anos 90, lançou obras como 'Pedras Que Cantam', em 1991, com sucessos como a faixa-título e 'Borbulhas de Amor', assim como 'Teral', de 1997, que incluía a regravação de 'Espumas ao Vento' e outras canções como a que dá nome ao álbum.

Reprodução do Instagram @fagneraimundo

Fagner emplacou diversos sucessos em novelas, como 'Pedras que Cantam' em Pedra sobre Pedra, 'Noturno', na obra Coração Alado, e 'Amor Escondido' em Tieta.

Reprodução do Instagram @fagneraimundo

Em 2003, lançou o álbum de estúdio e o DVD ao vivo Raimundo Fagner & Zeca Baleiro, que rendeu sucessos como 'Dezembros' e 'Palavras e Silêncios'.

Reprodução do Flickr Renata Araujo

Ao longo de mais de cinquenta anos de carreira, Fagner gravou mais de 40 discos e 20 coletâneas, misturando elementos do romance com o swing nordestino, além de lançar sucessos como 'Asa Partida', 'Corda de Aço' e 'Borbulhas de Amor'.

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Mesmo com o sucesso nacional e internacional, Fagner sempre manteve forte ligação com suas raízes, residindo em Fortaleza, Ceará, sua cidade natal.

Reprodução do Flickr InterFagner

O cantor é conhecido por suas parcerias musicais, tanto com outros artistas quanto com poetas e compositores, como Belchior, Vinicius de Moraes, Ferreira Gullar e Chico Buarque.

Reprodução do Instagram @fagneraimundo

O artista traz a fusão da música nordestina com a MPB, o uso de arranjos criativos e alta qualidade poética, assim como a diversidade de gêneros: baião, rock, folk e pop.

Reprodução do Instagram @fagnerraimundo

Fagner é casado com Bárbara Lemos, e juntos eles têm um filho chamado Luca. Ele também tem outro filho, Henrique, que é jogador de futebol, já atuou nas categorias de base do Corinthians e atualmente defende as cores do Cruzeiro.

TV Brasil/Wikimédia Commons