Na ocasião, Elizabeth fez um pedido aos médicos: “Vocês podem me manter viva para isso?”, referindo-se à celebração de 70 anos de reinado. Para alcançar a meta, aceitou transfusões e seguiu com disciplina as recomendações médicas.
Para prolongar a vida, abriu mão de prazeres como os tradicionais gim-tônica e martinis, substituídos por sucos de maçã ou tomate aos domingos. Assim, conseguiu participar das celebrações do Jubileu e superou as expectativas dos médicos.
A monarca morreu em 8 de setembro de 2022. Seus últimos meses foram vividos no Castelo de Balmoral, na Escócia, onde permaneceu cercada por familiares e em ambiente reservado até o fim.
Com a morte de Elizabeth, a ascensão do rei Charles III ao trono em 2022 marcou o início de uma nova era para a monarquia britânica, a mais famosa do mundo.
Com a mudança de monarca, a linha de sucessão também sofreu alterações, estabelecendo a ordem dos próximos herdeiros ao trono.
Desde 2013, a Lei de Sucessão à Coroa removeu a preferência masculina, estabelecendo a primogenitura absoluta. Ou seja, o filho mais velho do monarca, independentemente do gênero, herda o trono. Veja como ficará a ordem!
1º- Príncipe William, Duque de Gales: O primogênito do Rei Charles e primeiro na linha de sucessão.
William é casado com Kate Middleton, Duquesa de Gales, e tem três filhos: PrÃncipe George, Princesa Charlotte e PrÃncipe Louis.
2º- Príncipe George de Gales: Filho mais velho do Príncipe William e segundo na linha de sucessão.
O garoto ocupa o papel de herdeiro aparente, ocupando a posição que seu pai já desempenhou durante o reinado da Rainha Elizabeth II.
3º- Princesa Charlotte de Gales: Filha mais velha do PrÃncipe William e terceira na linha de sucessão. No momento, ela ocupa a posição anteriormente ocupada por seu tio, PrÃncipe Harry.
4º- Príncipe Louis de Gales: Filho mais novo do Príncipe William e quarto na linha de sucessão.
5º- Príncipe Harry, Duque de Sussex: O segundo filho do Rei Charles III é o quinto na fila para ocupar o trono. Sua decisão de se afastar das funções reais o coloca mais abaixo na linha de sucessão, mas ele ainda é um membro da família real.
Existe outra mudança importante. Desde o Ato de Sucessão ao Trono de 1701, o monarca era obrigado a ser membro da Igreja da Inglaterra. Mas essa exigência foi revogada com a Lei de Sucessão à Coroa de 2013.
Membros da realeza que se casam com católicos romanos eram tradicionalmente excluídos da linha de sucessão. No entanto, essa regra também foi alterada com a nova lei de 2013.
IndivÃduos que se naturalizam cidadãos estrangeiros podem perder seus direitos de sucessão. Os filhos de futuros monarcas ainda precisam ser criados na fé anglicana.
A linha de sucessão pode mudar no futuro devido a nascimentos, mortes, casamentos, divórcios ou abdicações.
Caso o rei abdique do trono -- algo que raramente acontece --, de acordo com uma lei chamada Ato de Regência de 1937, outra pessoa é escolhida para governar a Coroa da Inglaterra temporariamente, até que o próximo na linha de sucessão possa assumir.
O Ato de Regência também diz o que fazer se o rei ficar gravemente doente ele não é removido do cargo e continua fazendo suas obrigações constitucionais o máximo que puder.
Se o rei ou a rainha não puder comparecer a eventos públicos ou cumprir outras obrigações, alguém é escolhido para isso, sendo chamado de regente. Não precisa ser da linha de sucessão. Pode ser um conselheiro de estado.
Desde 1688, o monarca governa junto com o parlamento britânico, que também supervisiona o reinado. Se achar necessário, o parlamento pode tirar o poder do rei ou da rainha por comportamento inadequado.
Fora esses casos, o próximo na linha de sucessão se torna rei imediatamente após a morte do antecessor, sem um período de transição. A coroação só ocorre após a aprovação do parlamento e de um conselho privado composto por membros de vários setores do governo britânico.