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Comunidade japonesa na Amazo?nia vira refere?ncia mundial em agricultura sustenta?vel


Uma comunidade de imigrantes japoneses tem contribuído para que uma cidade da Amazônia se torne referência mundial na agricultura.

Por Flipar
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A colônia começou a se estabelecer no município de Tomé-Açu, localizado no interior do Pará, a partir dos anos 1920.

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Atualmente, é considerada uma das maiores colônias japonesas do Brasil.

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Inicialmente, os imigrantes enfrentaram grandes dificuldades de adaptação, mas prosperaram com a monocultura da pimenta-do-reino.

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O cultivo do produto trouxe riqueza até ser devastado por uma praga nos anos 1970.

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A crise levou os agricultores a criarem o Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu (SAFTA), inspirado na diversidade da floresta e nos saberes dos ribeirinhos.

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O modelo, que mistura diferentes espécies no mesmo terreno, recupera áreas degradadas e tornou-se referência mundial em agricultura sustentável.

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Algumas técnicas específicas que começaram a ser utilizadas incluíam o uso de cascas de cacau, folhas e galhos como adubo e restos de frutas para fertilização.

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Além do impacto econômico, a comunidade preserva tradições japonesas, como o conceito de mottainai (aproveitamento total dos recursos).

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Hoje, embora os descendentes sejam minoria entre os cerca de 67 mil habitantes da cidade, sua influência cultural permanece em templos, restaurantes e no cotidiano.

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Para o futuro, há um temor de que os mais jovens saiam para trabalhar em outras áreas ou até mesmo retornem para o Japão.

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Por conta disso, agricultores defendem que o conhecimento do SAFTA seja difundido além da comunidade japonesa. O acordo entre Brasil e Japão foi impulsionado pela abolição da escravatura, em 1888.

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Na época, havia muita demanda por mão de obra agrícola no Brasil, enquanto o Japão enfrentava pobreza rural.

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A primeira leva de imigrantes chegou em 1908, mas foi em 1929 que o então governador do Pará, Dionísio Bentes, ofereceu terras na Amazônia para atrair os japoneses.

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Foram cedidos 600 mil hectares em Tomé-Açu, além de lotes em Monte Alegre e Marabá.

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No início, os japoneses estranharam os alimentos, as condições de moradia e a vida no meio da floresta.

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Tudo isso foi superado e hoje o legado do SAFTA é visto como um modelo universal de produção sem destruição, aberto a todos os interessados.

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