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Países-ilha do Oceano Pacífico adotam medidas urgentes contra aumento do nível do mar: ‘Ameaça existencial’


Vários países-ilha do Oceano Pacífico já vem enfrentando consequências dramáticas do aumento do nível do mar, resultado direto do aquecimento global.

Por Flipar
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Durante a COP30, que aconteceu em Belém, representantes dessas nações manifestaram preocupação e cobraram soluções para amenizar o problema.

Autor Desconhecido/Wikimedia Commons/Creative Commons

“Não fomos nós os responsáveis pela mudança do clima, por essas emissões feitas pelos maiores países poluidores', declarou Pio Manoa, vice-diretor da Agência de Pesca do Fórum das Ilhas do Pacífico (FFA).

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'Somos os primeiros a sentir os impactos. Para nós, isso é uma ameaça existencial”, acrescentou ele.

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Localizadas em regiões baixas — muitas formadas por atóis —, nações como Tuvalu, Fiji, Ilhas Marshall, Vanuatu e Samoa têm sua existência ameaçada pela elevação das águas.

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Os efeitos já são sentidos de forma intensa. Em alguns locais, cemitérios costeiros foram submersos e comunidades inteiras precisaram ser deslocadas para regiões mais altas.

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Outros sinais são ressacas com ondas cada vez mais potentes, que acabam causando erosão e inundações.

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A vulnerabilidade é amplificada pelo fato de que quase 90% de suas populações e infraestruturas vitais, como casas e hospitais, estão localizadas a menos de cinco quilômetros da costa.

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Um relatório da ONU publicado em 2024 indica que o nível do oceano na região subiu até 15 centímetros nos últimos 30 anos, superando a média global de 10 centímetros.

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Em algumas capitais, como Suva (Fiji) e Apia (Samoa), esse aumento ultrapassou 29 centímetros.

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Fiji, por exemplo, já precisou realocar seis comunidades e tem outras 17 identificadas como em perigo.

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Além da ameaça física, o aquecimento do oceano está ameaçando os ecossistemas marinhos, com o afastamento de até 20% da fauna de atum da costa.

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Este impacto é economicamente devastador, pois o peixe é crucial tanto para a geração de renda quanto para a segurança alimentar destas nações.

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“Temos comunidades onde há cemitérios, onde enterramos nossos entes queridos ao longo da costa, que agora estão debaixo d’água. Ficaram totalmente abaixo da superfície do mar”, exemplificou Pio Manoa.

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Diante da urgência, e sem poder esperar por longas negociações, as ilhas já implementam medidas práticas de adaptação climática.

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Exemplos incluem a construção de muros de contenção (as 'seawalls') e o recuo artificial do mar por meio de aterramento para elevar o nível do solo, como feito em Tuvalu.

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Essas ações são extremamente caras e exigem financiamento internacional. O custo de adaptação pode chegar a R$ 5,33 bilhões em Tuvalu e R$ 26,65 bilhões nas Ilhas Marshall.

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Contudo, os líderes ressaltam que a adaptação tem um limite, e a única solução permanente é a redução drástica e urgente das emissões globais.

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