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Observatório da Torre Alta da Amazônia: como estrutura gigante monitora o clima global


O Observatório da Torre Alta da Amazônia (ATTO) é uma das mais importantes iniciativas científicas já instaladas na maior floresta tropical do planeta.

Por Flipar
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Erguido no coração da Amazônia, a cerca de 150 quilômetros de Manaus, o ATTO reúne a mais alta infraestrutura de pesquisa ambiental da América do Sul.

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Trata-se de uma torre metálica de 325 metros de altura que ultrapassa o dossel da floresta e permite a coleta de dados atmosféricos em uma escala sem precedentes.

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Essa torre principal do ATTO é frequentemente descrita como a estrutura mais alta de pesquisa ambiental da América do Sul. Em comparação simbólica, sua altura supera a da Torre Eiffel, em Paris, o que ajuda a dar uma ideia clara de sua magnitude.

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Ela também costuma ser mencionada como “a maior torre do Brasil”, reforçando seu lugar de destaque nas estruturas do país.

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O projeto é fruto de uma parceria entre instituições brasileiras, incluindo o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), e o Instituto Max Planck, da Alemanha, consolidando-se como referência mundial em estudos sobre clima, ecossistemas tropicais e ciclos biogeoquímicos.

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Concebido como um laboratório vertical, o ATTO foi projetado para medir, de forma contínua, gases, aerossóis, temperatura, ventos, umidade, radiação solar e uma série de variáveis que ajudam a entender como a floresta interage com a atmosfera.

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Sensores instalados ao longo de toda a estrutura monitoram o comportamento da camada limite atmosférica e das trocas de energia e de massa entre as árvores e o ar acima delas.

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Isso permite que cientistas investiguem desde os processos de formação de nuvens até o papel da Amazônia na absorção e emissão de carbono, um conhecimento essencial para modelos que simulam as mudanças climáticas globais.

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A escolha de um local remoto para a instalação do observatório não se deu por acaso. Isolado de grandes centros urbanos e longe de fontes de poluição, o ATTO oferece condições ideais para a obtenção de dados atmosféricos “puros”, representativos do funcionamento natural da floresta.

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Esse isolamento, entretanto, traz desafios logísticos: pesquisadores percorrem longas estradas de terra e trilhas estreitas antes de chegar ao complexo científico.

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A distância, porém, é compensada pela qualidade e precisão das informações obtidas, que se tornaram indispensáveis à comunidade científica internacional.

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O observatório não se resume à torre principal. Ao redor dela, existe um conjunto de estruturas menores, plataformas de monitoramento, laboratórios de campo e equipamentos que acompanham variáveis do solo, da vegetação e da biodiversidade.

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Esse conjunto transforma o ATTO em um centro de pesquisa multidisciplinar, capaz de integrar dados meteorológicos, químicos e ecológicos em séries de medições contínuas, 24 horas por dia.

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Trata-se de um dos poucos locais no mundo com capacidade para monitorar, em profundidade, o impacto das mudanças ambientais sobre um ecossistema tropical intacto.

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A torre permite observar como desmatamento, queimadas e alterações nos padrões de chuva modificam processos fundamentais da floresta, como a emissão de compostos orgânicos, a circulação de massas de ar úmidas e a formação de nuvens.

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O observatório atua, portanto, como um sentinela climático, oferecendo dados que ajudam a antecipar cenários futuros e a embasar políticas públicas de conservação, mitigação e adaptação.

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Mais do que uma proeza da engenharia erguida em meio à selva, o Observatório da Torre Alta da AmazÎnia representa um investimento científico estratégico para o Brasil e para o mundo.

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