O ator e a empresa questionam a forma como a novela tem sido exibida e disponibilizada, alegando falta de remuneração devida de acordo com o contrato original de 2001.
A principal queixa é que o contrato de 2001 não previa a exibição em plataformas de streaming.
Segundo Fasano, a Globo lucrou com a exibição da novela no Globoplay, mas não repassou os valores a ele ou à sua empresa.
A emissora se defende alegando que termos como 'internet' e 'meios digitais' no contrato já permitiriam esse uso, o que é contestado pelos autores da ação.
Além disso, o artista também questiona a remuneração recebida pela reprise da novela no canal Viva.
De acordo com ele, a Globo classificou a exibição no Viva como 'licenciamento', quando, na verdade, seria uma reapresentação, o que impactaria diretamente na bonificação.
A ação pede compensação financeira, indenização por danos morais e a apresentação de documentos da época da assinatura do contrato para esclarecer possíveis irregularidades.
Victoriano Augusto Duarte Fasano, conhecido apenas como Victor Fasano, nasceu em São Paulo no dia 2 de setembro de 1958.
Antes de ingressar na dramaturgia, Fasano começou sua carreira como modelo na década de 1970, tornando-se um dos principais nomes da moda masculina nos anos 1980.
Sua estreia na televisão foi em 1990, na TV Globo, no papel de protagonista Zeca na novela 'Barriga de Aluguel', escrita por Gloria Perez.
De 1990 a 1996, apresentou o programa 'Globo Ecologia', que falava sobre educação ambiental.
A partir daí, Fasano se firmou como um dos grandes galãs da emissora, com papéis de destaque em diversas produções.
Nos anos 1990, estrelou novelas como 'De Corpo e Alma', 'Tropicaliente', 'Cara e Coroa', 'Salsa e Merengue' e 'Torre de Babel'.
Em 2001, viveu Otávio Valverde (o Tavinho), um dos diretores da empresa de Leônidas em 'O Clone'.
Em 2004, o ator se envolveu numa polêmica ao agredir Rodrigo Scarpa, do programa 'Pânico na TV', após não gostar de uma piada feita pelo humorista. 'Tudo é possível desde que os protocolos de educação sejam respeitados', declarou Fasano na época.
Além das novelas já citadas, Fasano também trabalhou em 'América', de 2005, 'Paraíso Tropical', de 2007, e 'Caminho das Índias', de 2009.
Seu último trabalho na TV foi em 2016 na série 'Conselho Tutelar', exibida pela Record.
Afastado das novelas e da TV, Fasano optou por abandonar a carreira e dedicar-se integralmente às causas ambientais. Atualmente, ele se dedica a projetos de preservação da Floresta Amazônica e outras ações no Brasil.