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‘Reparação histórica’: país africano atrai brasileiros em busca de cidadania


Uma medida aprovada pelo governo de um país pouco conhecido da África tem atraído cada vez mais pessoas em busca de cidadania.

Por Flipar
peacecorpschadsey/Wikimédia Commons

Em 2024, o Benin aprovou uma lei que concede cidadania a afrodescendentes de qualquer parte do mundo cujos ancestrais tenham sido escravizados e deportados da África Subsaariana.

Reprodução do Flickr Shrinidhi Takle

A medida é apresentada como um gesto de reconciliação e reparação histórica pelo tráfico de escravizados, além de ser uma estratégia para atrair turistas, talentos e investimentos.

Reprodução do Flickr Marco

Entre os interessados pela nova lei estão brasileiros como o chef João Diamante, que visitou o país e destacou semelhanças culturais com a Bahia.

Arquivo Pessoal

A lei de 2024 torna elegível qualquer pessoa maior de 18 anos, não cidadã de outro país africano, que comprove ancestralidade subsaariana deportada no contexto do tráfico negreiro.

Reprodução do Flickr Santiago Cordero Guerrero

A comprovação é feita por documentação oficial ou teste de DNA (necessário para a maioria).

Imagem Freepik

A solicitação é feita online, com taxa de 100 dólares, e leva cerca de três meses.

Brett Hondow/Pixabay

A cidadania concede o direito de morar no país e um passaporte, mas não o direito de votar (exceto para quem obtém a cidadania plena, após cinco anos de residência).

Reprodução do Flickr Sigma Delta

A iniciativa já atraiu atenção internacional, com personalidades como a escritora e ativista Sueli Carneiro, e as cantoras Ciara e Lauryn Hill participando de eventos ligados à nova lei.

Divulgação/Governo do Benin

Já há negociações em andamento para a criação de um voo direto entre Brasil e Benin, possivelmente ligando Salvador ou São Paulo à capital Cotonou.

Reprodução do X @gouvbenin

A intenção é reduzir o tempo de viagem atual de mais de 20 horas para cerca de 6 horas.

RENE RAUSCHENBERGER/Pixabay

O Brasil foi o principal destino de escravizados africanos, o que justifica a conexão com o Benin.

Social History Archive Unsplash

Com cerca de 14 milhões de habitantes, o Benin vem ganhando destaque por sua abertura política e cultural.

Reprodução do Flickr Shrinidhi Takle

Sua capital constitucional é Porto-Novo, mas Cotonou é a maior cidade e o centro econômico e governamental de fato.

Reprodução do Flickr Shrinidhi Takle

O país, antes conhecido como Reino do Daomé, obteve sua independência da França em 1960.

Reprodução do Flickr Shrinidhi Takle

Durante os séculos 12 a 19, o reino foi um dos maiores entrepostos de escravos, o que marca profundamente a história do país.

Willem Heerbaart/Wikimédia Commons

O idioma oficial de Benin é o francês, herança do período colonial, mas diversas línguas locais, como o fon e o yorubá, são muito faladas.

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Culturalmente, o Benin é considerado o berço do Vodu, uma religião tradicional que não só é amplamente praticada no país, mas também exerce uma influência significativa na cultura e nas cerimônias nacionais.

jbdodane/Wikimédia Commons

A paisagem é diversa, indo de planícies costeiras ao sul até colinas e savanas no norte.

Reprodução do Flickr Shrinidhi Takle

O turismo também cresce, impulsionado por locais históricos como Abomey, antiga capital do reino.

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A economia beninense é uma das mais pobres do mundo e depende fortemente da agricultura de subsistência, do comércio regional e da produção de algodão, que é seu principal produto de exportação.

Reprodução do Flickr Willa2010

O país é uma república presidencialista e, desde a transição para a democracia multipartidária na década de 1990, é considerado um dos países mais politicamente estáveis da região.

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