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Toupeira-dourada volta a surgir na África do Sul após nove décadas


A aparição em 2023 deixou a comunidade científica animada quanto à sobrevivência da espécie. Essa toupeira costuma gostar de praias arenosas e matagais áridos, e considerando seus hábitos de ficar sempre na areia, é muito difícil encontrá-la. Ela estava na praia de Port Nolloth, na costa noroeste da África do Sul.

Por Flipar
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Os autores do estudo pesquisaram 18 quilômetros de dunas por dia, a fim de detectar a toupeira usando o DNA que os animais liberam à medida que se movem pelo ambiente.

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No caso de mamíferos como a toupeira, o DNA está presente principalmente em células da pele, cabelos e fluidos corporais.

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“Extrair DNA do solo tem seus desafios, mas temos aprimorado nossas habilidades e refinado nossas técnicas, e estávamos bastante confiantes de que se a toupeira-dourada estivesse no ambiente, seríamos capazes de detectar descobrindo e sequenciando seu DNA”, apontou a equipe, em comunicado.

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A equipe percebeu, depois de 100 amostras de solo, que havia toupeiras-douradas vivendo nas dunas ao longo da costa.

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Eles então comunicaram que estavam convencidos de que seria necessário apenas o método de detecção correto e o momento certo para encontrar a toupeira-dourada De Winton.

Flickr Tim Randall

A toupeira dourada vive a maior parte do tempo no subsolo, onde navega com uso de vibração e som, por ser cega. Por esse motivo, os cientistas tiveram dificuldade para encontrá-la e utilizaram a técnica do DNA.

Divulgação/Devin Murphy

A espécie De Winton é da 11ª de uma lista de 25 que estavam perdidas, mas foram encontradas pela ciência. O achado faz parte do projeto Re:wild, que confirmou espécies como o musaranho-elefante da Somália, a maior abelha do mundo na Indonésia e um camaleão em Madagascar.

Imagem de Dirk (Beeki®) Schumacher por Pixabay

O grupo chama a atenção para a proteção da região onde ocorreu a descoberta. O espaço está ameaçado pela expansão da extração de diamantes.

Flickr Liz

Além da toupeira dourada, existem outras espécies deste animal. Entre elas, está a toupeira d'água, que possui o focinho na forma de uma tromba e é lá que estão situados os órgãos sensitivos. As vibrissas sensoriais e órgãos de Eimer, essências para formar uma imagem 3D no cérebro, para um melhor sucesso na captação de alimentos.

David Perez/Wikimédia Commons

A toupeira nariz estrela (presente na América) é facilmente identificável pelos vinte e dois apêndices carnudos cor de rosa do seu focinho, que é usado como um órgão táctil com receptores sensoriais, conhecidos como órgãos de Eimer, com os quais essa toupeira com tamanho de hamster sente seu caminho por aí.

Divulgação/Kennet Catania

A Toupeira pés largos é caracterizada por seu corpo robusto, mas pequeno, sua coloração marrom-acastanhada e seus membros dianteiros largos.

Kenneth Catania/Wikimédia Commons

Fundada em 1992, Biodiversity and Conservation é uma revista internacional que publica artigos sobre todos os aspectos da diversidade biológica, sua conservação e uso sustentável. Concentram-se em estudos que utilizam abordagens novas ou pouco utilizadas, e em regiões ou habitats ricos em biodiversidade menos estudados.

Divulgação

A África do Sul possui uma das maiores diversidades de flora do mundo, com mais de 20.000 espécies de plantas. O país abriga uma das maiores populações de vida selvagem do planeta, com reservas naturais e parques nacionais que preservam espécies ameaçadas de extinção.

Luca Galuzzi/Wikimédia Commons