Começou com um antigo núcleo urbano por volta do século XI, que mais tarde se tornou a sede do eleitorado do Palatinado, o que levou à expansão do Castelo de Heidelberg, que remonta a 1225.
Assim, o castelo foi a residência dos príncipes eleitores, mas foi destruído pelos franceses e está agora parcialmente em ruínas.
A cidade, que nunca foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial, mantém um centro histórico preservado e uma Ponte Antiga do século XVIII.
O nome da cidade, Heidelberg, significa 'Montanha da Charneca' ou 'Montanha da Pradaria'. Assim, o crescimento do local aconteceu devido à questão estratégica, com um vale profundo no rio Neckar.
Apesar da destruição do castelo, o centro histórico de Heidelberg sobreviveu quase intacto à Segunda Guerra Mundial, tornando-se um símbolo do romantismo alemão.
Esta cidade de aproximadamente 163.000 habitantes inspirou grandes nomes como Mark Twain, Johann Wolfgang von Goethe e o pintor William Turner.
A Universidade de Heidelberg, oficialmente conhecida como Ruprecht-Karls-Universität Heidelberg, foi fundada em 1386 por instrução do Papa Urbano VI.
Esta instituição pioneira tornou-se um marco na história educacional alemã, sendo a terceira universidade estabelecida no Sacro Império Romano-Germânico, após Praga e Viena.
Com mais de 160 campos de estudo, a universidade possui impressionantes 56 ganhadores do Prêmio Nobel, como o físico Stefan Hell, em 2014.
A universidade conta com aproximadamente 30.000 estudantes, sendo um terço deles estrangeiros, com um universo cosmopolita.
Além disso, o Castelo de Heidelberg traz uma das atrações mais curiosas da cidade: o Heidelberg Tun. Este é o maior barril de vinho do mundo.
O Heidelberg Tun foi construído em 1751 pelo príncipe eleitor Karl Theodor com uma capacidade impressionante de 220.000 litros.
O rio Neckar é a alma romântica de Heidelberg. Este afluente percorre 367 quilômetros até desembocar no rio Reno próximo a Mannheim. Assim, este ambiente cria um cenário que complementa perfeitamente o caráter romântico da cidade.
O nome Neckar deriva da palavra celta “Nikros”, que significa “água brava”. Este rio oferece passeios de barco que proporcionam vistas únicas da cidade e do castelo, assim como caminhadas relaxantes e áreas gramadas às suas margens.
A Alte Brücke (Ponte Velha) ou Ponte Karl Theodor é um dos cartões-postais mais fotografados de Heidelberg. Construída no século XVIII com arenito vermelho, ela conecta o centro histórico ao distrito de Neuenheim.
A ponte apresenta duas torres medievais que faziam parte da muralha da cidade e serviam como prisões. Por lá, destacam-se as esculturas de Konrad Linck: uma do príncipe eleito Karl Theodor e outra dedicada à deusa romana da sabedoria.
O Philosophenweg (Caminho dos Filósofos) é uma trilha panorâmica na margem norte do rio Neckar onde professores e filósofos da Universidade de Heidelberg costumavam caminhar em busca de inspiração.
A atmosfera de Heidelberg atraiu diversos intelectuais e artistas ao longo dos séculos. Entre eles, Mark Twain, que descreveu o local como “a residência da universidade mais conspícua da Alemanha” em seu livro “A Tramp Abroad”.
Quem também era apaixonado por Heidelberg era o pintor inglês William Turner, que frequentou a cidade entre 1817 e 1844, imortalizando o castelo e a paisagem urbana em suas obras românticas, assim como Goethe.
Uma das lendas mais curiosas de Heidelberg envolve Perkeo, um anão tirolês que se tornou o guardião oficial do grande barril durante o reinado do Príncipe Eleitor Carl Philip.
Clemens Pankert, nome verdadeiro do anão, ficou famoso por sua capacidade extraordinária de consumir vinho, cerca de 30 litros por dia.
A lenda conta que ele viveu saudável até os 80 anos ao beber tal quantidade, mas morreu em um dia específico. Isso porque, por recomendação médica, bebeu um copo de água pela primeira vez.
Por fim, Studentenkarzer é uma antiga prisão de estudantes que funcionou do século XVIII até o início do século XX. Servia como centro de detenção para discentes indisciplinados da universidade e atualmente está coberta de grafites e obras de arte.