A comunidade, localizada na cidade de Lincang, é frequentemente descrita como um 'paraíso na Terra' por sua paisagem pitoresca.
A Vila Gumo cativa viajantes e fotógrafos graças a sua preservação histórica e atmosfera contemplativa.
A paisagem é dominada por uma arquitetura única: as residências são construídas inteiramente de pedra, bloco a bloco, sem o uso de cimento.
As estruturas são robustas, com telhados de lajes de ardósia para resistir à queda das nozes das nogueiras que circundam o terreno.
Estas casas antigas, muitas ainda habitadas, estendem-se por vielas estreitas e irregulares, dando a sensação de que vida ali parou no tempo.
Entre essas moradias, existem moinhos movidos pela água das encostas que continuam em funcionamento mesmo após 200 anos.
Até hoje, eles sustentam práticas que atravessaram gerações, como transformar grãos em farinha para fazer bolinhos de arroz.
Próximo a essa estrutura, corre o rio Liusha, um fio d'água que antigamente era conhecido como o 'Rio dos Amantes'.
O apelido não é aleatório: a tradição local conta que ele era o lugar onde moças e rapazes solteiros se encontravam para cantar canções de cortejo, uma forma de expressar sentimentos e conseguir a atenção do parceiro desejado.
O cotidiano em Gumo é rural e tranquilo: cenas como idosas chinesas torrando nozes em fogueiras e senhores conduzindo o gado são comuns.
O cotidiano dos moradores é inteiramente focado na autossuficiência, sendo o cultivo de nozes a principal atividade local.
A região ao redor da Vila Gumo faz parte de uma área montanhosa típica de Yunnan, marcada por vales profundos, clima ameno e uma vegetação que mistura florestas densas com plantações tradicionais.
Por ser uma província predominantemente montanhosa, Yunnan acaba tendo muitas comunidades, a exemplo de Gumo.
Esse isolamento também contribuiu para a preservação de suas culturas e arquitetura tradicionais.
Ainda assim, Yunnan é uma das províncias mais diversas da China, abrigando cerca de 25 minorias étnicas.