Foi em 2001 que Alfredo Moser transformou uma simples garrafa PET cheia de água em uma fonte eficiente de luz natural.
Instalada no telhado, a garrafa refrata o sol e ilumina ambientes escuros como se fosse uma lâmpada de 40 watts, reduzindo o uso de eletricidade durante o dia.
A invenção fez tanto sucesso que o próprio criador resolveu ensiná-la gratuitamente em oficinas e demonstrações.
O projeto consiste em utilizar apenas uma garrafa transparente, água com algumas gotas de água sanitária e um furo vedado no telhado.
A solução, considerada barata e acessível, se espalhou pelo mundo e passou a integrar projetos sociais em mais de 15 países.
Só nas Filipinas, por exemplo, cerca de 140 mil casas já adotaram o sistema.
Outras nações como Índia, Bangladesh, Tanzânia e outras regiões com pouca infraestrutura elétrica também implementaram a ideia do brasileiro.
O impacto chamou tanto a atenção internacional que a lâmpada virou peça de um museu em Amsterdã e levou Alfredo a palestrar na Coreia do Sul.
No Brasil, Alfredo recebe visitantes de vários lugares que vão conhecer a tecnologia em sua casa.
Curiosos, estrangeiros, jornalistas, ONGs e até instituições de design já foram conhecer o projeto inovador.
A eficácia foi comprovada na casa do próprio inventor, onde a conta de luz diminuiu cerca de 30% após a instalação no banheiro.
Além disso, relatos de outros países mostram famílias conseguindo poupar o suficiente para gastar o dinheiro com outras atividades essenciais dentro de casa.
O inventor mantém a tecnologia aberta — ou seja, sem patente — para garantir sua reprodução em larga escala.
Para o mecânico, seu maior legado está na multiplicação silenciosa da ideia — um exemplo de tecnologia simples, sustentável e socialmente transformadora.
No Brasil, o projeto 'Litro de Luz', criado em 2014, se inspirou na criação de Alfredo ao implementar a solução em mais de 120 comunidades no país.
Famílias de comunidades indígenas do Amazonas já relataram que a chegada da luz pôs fim ao uso de lamparinas de querosene, que causavam fumaça e limitavam as atividades noturnas.