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Conheça o azeite brasileiro que recebeu nota inédita em guia italiano


O azeite brasileiro Sabiá, produzido em Santo Antônio do Pinhal, no estado de São Paulo, alcançou a nota mais alta já obtida por um rótulo do Brasil no guia italiano Flos Olei, publicação internacionalmente reconhecida por sua avaliação rigorosa de azeites extravirgens.

Por Flipar
Reprodução/TV Vanguarda

Na competição às cegas organizada pelo guia, com 831 amostras de azeites de diversos países, o Sabiá foi avaliado em critérios como intensidade, qualidade do frutado, amargor, picância, equilíbrio, persistência e complexidade. O rótulo conquistou 98 pontos em uma escala de 0 a 100.

Divulgação/Adriano Fagundes/Azeite Sabiá

Essa é a quinta vez consecutiva que o azeite Sabiá figura entre os melhores do mundo no Flos Olei, que em 2025/2026 chega à sua 16ª edição.

Divulgação/Azeite Sabiá

Além dessa distinção, o Brasil teve nove azeites incluídos na seleção principal do guia nesta edição. As marcas destacadas além do Sabiá foram: Prosperato, (RS) com 97 pontos; Lagar H (RS) e Estância das Oliveiras (RS) cada uma com 93; Capela de Santana (RS) com 90; Bem te Vi (RS) com 89; Al-Zait e Co. (RS) com 87; Verolí (MG) com 86; e Borriello (MG) com 81 pontos.

Reprodução/TV Vanguarda

Vale ressaltar que, do total de mais de 800 amostras submetidas, apenas azeites com 80 pontos ou mais são incluídos no guia.

Reprodução/TV Vanguarda

Nesta edição, participaram cinco continentes e azeites de 57 países, mas a seleção ficou restrita a cerca de 500 fazendas consideradas de “excelência”.

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Em comunicado, Bia Pereira, fundadora da Fazenda do Azeite Sabiá ao lado de Bob Costa, declarou que essa conquista “é a recompensa pelo nosso empenho diário e, sobretudo, a prova de que o Brasil também produz azeites de excelência”.

Arquivo pessoal/Divulgação

O azeite é um dos alimentos mais antigos da humanidade, ligado tanto à cultura alimentar quanto a rituais religiosos e simbólicos.

Imagem de neufal54 por Pixabay

Há registros de oliveiras cultivadas há mais de seis mil anos na região do Mediterrâneo, especialmente em países como Grécia e Egito, além da região da Palestina.

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Além de ser utilizado na cozinha, o óleo extraído da azeitona já serviu como combustível para lamparinas, unguento em cerimônias religiosas e até como medicamento em práticas da Antiguidade.

Pete Godfrey Unsplash

A produção do azeite se inicia no cultivo da oliveira, árvore resistente que pode viver por séculos.

Reprodução do Youtube

As azeitonas são colhidas no ponto ideal de maturação - nem verdes demais, nem excessivamente maduras - e levadas rapidamente ao lagar para evitar a oxidação. O processo de extração tradicional envolve a trituração das frutas, que libera uma pasta composta por óleo, água e sólidos. Em seguida, essa mistura é prensada ou centrifugada para separar o azeite puro.

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O resultado é o chamado azeite extravirgem, considerado de maior qualidade, pois preserva ao máximo os compostos aromáticos e antioxidantes naturais.

Reprodução do Youtube Canal TV Setorial

A classificação do azeite depende de sua acidez e do método de extração. O extravirgem deve ter acidez inferior a 0,8% e não pode apresentar defeitos sensoriais. Já o azeite virgem pode chegar a 2% de acidez, enquanto óleos refinados ou lampantes passam por processos químicos para se tornarem aptos ao consumo.

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Essa diferenciação impacta não só o sabor, mas também os benefícios à saúde, já que o extravirgem é rico em ácidos graxos monoinsaturados e polifenóis, associados à proteção cardiovascular.

Imagem de Rani Shoket por Pixabay

Ao longo da história, o azeite tornou-se símbolo da dieta mediterrânea, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como uma das mais equilibradas do planeta. Em países como Espanha, Itália, Portugal e Grécia, ele é parte do cotidiano, seja no preparo de pratos quentes, seja como condimento consumido cru.

Imagem gerada por i.a

Hoje, seu cultivo e produção se expandiram para diversas regiões, inclusive no Brasil, onde estados do Sul e de Minas Gerais vêm conquistando destaque internacional pela qualidade dos azeites produzidos.

Reprodução do X @rachelruminates

Entre as curiosidades, está o fato de a oliveira ser uma das árvores mais citadas em textos religiosos, representando paz e prosperidade. Outro aspecto notável é sua longevidade: há exemplares na região do Mediterrâneo com mais de dois mil anos ainda em produção.

OLIVAE DIVULGAÇÃO

Além disso, o sabor e o aroma de um azeite variam conforme a variedade da azeitona, o clima, o solo e até a altitude onde a árvore é cultivada, o que aproxima essa produção da lógica de vinhos finos.

Reprodução do Facebook Festval

Combinando tradição milenar, versatilidade gastronômica e comprovados benefícios à saúde, o azeite mantém-se como um dos alimentos mais prestigiados do mundo. Seu valor ultrapassa a cozinha, evocando história, cultura e identidade de diferentes povos ao longo do tempo.

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