Economia

'Pior recessão da história foi superada', avalia Henrique Meirelles

Segundo o ministro, porém, para o país ter crescimento sustentável, será necessário investimento em infraestrutura de vários portes

Rosana Hessel
postado em 12/07/2017 12:36
Meirelles também voltou a falar de reformas do governo com o objetivo de desburocratizar a atividade produtiva
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, destacou, nesta quarta-feira (12/7), que ;a economia brasileira apresenta sinais significativos de que a pior recessão da história foi superada;. Ele reconheceu que, para o país ter crescimento sustentável, será necessário investimento em infraestrutura de vários portes.

Meirelles participou do anúncio das Medidas para a Estruturação de Projetos de Infraestrutura pelos Estados e Municípios, com a assinatura de uma medida provisória que cria um fundo com participação de recursos da União. ;Para aumentarmos a capacidade de crescimento, esse governo conduz uma série de reformas que visam melhorar a capacidade de investimento e reduzir a burocracia. E o investimento em infraestrutura é a espinha dorsal na capacidade de o país voltar a crescer;, afirmou.

;Há uma natural limitação de recursos públicos. Por isso, é importante evitar que alguns grandes projetos sejam monopolizadores de todo o orçamento de investimento do país;, completou ele, reforçando que existem R$ 80 bilhões de projetos em infraestrutura que estão sendo priorizados pelo governo para a concessão para a iniciativa privada e que, para isso, existem fundos de pensão estrangeiros interessados nessas oportunidades de longo prazo. ;Embora haja limitação, existe uma abundância de recursos privados interessados em investir no Brasil;, afirmou.

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, também presente, iniciou a fala reiterando que, em pouco mais de um ano, o atual governo ;teve grandes avanços; no sentido da retomada da credibilidade econômica. ;Conseguimos controlar a inflação, acabar com a recessão, reduzir os juros, reduzir cargos e ministérios e tomar uma série de ações no sentido de conter os gastos públicos, como a emenda do teto, e de ações para o controle de fraudes;, afirmou. Ele garantiu que não haverá impacto no Orçamento desses investimentos, pois eles estão incluídos no PAC.

Mobilidade


De acordo com o Ministério das Cidades, estão previstos R$ 5,7 bilhões em investimentos para mobilidade urbana e saneamento básico dos municípios brasileiros. A pasta informou ainda que os recursos para financiamento de obras em mobilidade nos estados e municípios somam R$ 3,7 bilhões. O cadastramento das propostas será feito por meio da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana (Semob), do Ministério das Cidades, e o valor mínimo será de R$ 500 mil e, o máximo, de R$ 30 milhões, dependendo do número de habitantes. Os R$ 2 bilhões restantes serão destinados para obras de saneamento e o processo de seleção da primeira etapa das obras será iniciado no próximo dia 24 e se estende até 9 de março de 2018.

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