Economia

Servidores protestam em frente ao Ministério do Planejamento, em Brasília

Grupo de aproximadamente 500 pessoas é contra reforma trabalhista e MP que adia reajuste do funcionalismo público para 2019

Vera Batista, Hamilton Ferrari
postado em 10/11/2017 10:27

Manifestantes contra reforma trabalhista reunidos na Esplnada dos Ministérios, muitos de vermelho

Servidores públicos se reúnem, na manhã desta sexta-feira (10/11), em frente ao Bloco C da Secretaria de Relação de Trabalho no Ministério do Planejamento. Eles participam do Dia Nacional de Paralisação, convocado por centrais sindicais contra a reforma trabalhista e as medidas provisórias que determinam o adiamento dos reajustes da categoria e o aumento da alíquota previdenciária. Manifestações ocorrem também em ao menos nove estados.

Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) estimam em 500 pessoas o total de participantes. O número decepcionou os organizadores, que esperavam uma adesão maior. Para Jordan Pereira, presidente do Sindicato Nacional do Banco Central, a baixa participação, pelo menos até o fim da manhã ; outro ato está previsto para as 15h ;, pode ser explicada pelo fato de Medida Provisória n; 805 ter sido editada recentemente e as pessoas ainda não terem avaliado o impacto da medida.

[SAIBAMAIS]Segundo o presidente da Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Alex Canuto, nem todos os servidores estão satisfeitos com as pauta unificadas com as centrais sindicais, e a o funcionalismo est[a cansado do discurso de golpe. "A pauta mais importante é combater o governo corrupto que distribui dinheiro com medidas parlamentares e ainda joga a conta para a sociedade", disse.

Para o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, esse primeiro movimento, na verdade, é um alerta à sociedade dos efeitos do pacote do governo. "Se não lutarmos por direitos agora, um dia não haverá mais direitos. Essa apatia terá que chegar ao fim."

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Para evitar depredação de prédios públicos, a Força Nacional está de prontidão. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) afirma que não preparou nenhum esquema especial de policiamento, por não haver necessidade. Segundo a corporação, não houve deslocamento de ônibus de outros estados para o DF.

Reivindicações

O Dia Nacional de Paralisação é ato de repúdio às propostas do governo e do Congresso, que preveem postergação do reajuste salarial de 2018 para 2019, elevação da alíquota previdenciária de 11% para 14%, além da reestruturação das carreiras, com salário inicial máximo de R$ 5,1 mil, Programa de Desligamento Voluntário (PDV), redução da jornada de trabalho e licença incentivada, e projeto de demissão de concursados por desempenho ineficiente.

Rodrigo Britto, presidente da CUT-DF, declarou que há uma insatisfação grande com a medida provisória (MP) que adia o reajuste dos funcionários públicos para 2019 e aumenta a contribuição previdenciária da classe de 11% para 14%. "Nós a chamamos de MP do Arrocho. É um retrocesso e, acima de tudo, um calote, porque o governo já tinha acertado o reajuste de 2018", apontou.

Os manifestantes também defendem o retorno da ex-presidente, Dilma Rousseff (PT). Segundo eles, as eleições de 2018 vão ser ;antidemocráticas;, porque há um movimento para retirar o ex-presidente Lula (PT) do pleito.

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