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Lula rebate delações: "Com tortura psicológica, ele entregaria até a mãe"

Declaração do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva foi dada durante um seminário organizado pelo PT para debater estratégias de desenvolvimento do país

Paulo de Tarso Lyra
postado em 24/04/2017 19:45
Lula rebate delações:
O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, em um discurso de quase 40 minutos, afirmou que está disposto a prestar depoimento ao juiz Sérgio Moro, no dia em que ele definir a melhor data. "Não fui eu que marquei o depoimento ou desmarquei, mas eu vou, no dia em que ele quiser, porque será a primeira vez que eu de viva voz. Terei o direito de me defender. Faz três anos que eu estou só ouvindo." As declarações de Lula foram dadas durante um seminário organizado pelo PT para debater estratégias de desenvolvimento para o país, no Centro Internacional de Convenções do Brasil.

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Lula afirmou também que é o momento dos seus acusadores apresentarem uma prova contra ele. "Quero ver alguém mostrar alguma conta minha no exterior ou algum real depositado indevidamente no Brasil. Não estou falando de R$ 80 reais, estou falando de apenas R$ 1". No encontro, o ex-presidente ainda defendeu a regulamentação da imprensa e disse que não sentará à mesa, caso seja eleito, com representantes da grande mídia e que "não vai mostrar as costas para provar as chibatadas que tem levado".

Lula também isentou de responsabilidade o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro que, na semana passada, afirmou, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, que ele e Lula eram proprietários do tríplex no Guarujá, e que pediu que fossem destruídas as provas que pudessem incriminá-lo na operação Lava-Jato. "Na situação de tortura psicológica que ele está sofrendo, ele entregaria até a mãe. O que eu acho estranho é ver reportagens mostrando delatores vivendo em mansões, em casas com piscina e com vistas para o mar. Eu quero brigar para provar a eles que eles estão lidando com um cidadão diferente e que ninguém tem mais moral e mais honestidade para discutir comigo", afirmou Lula, defendendo que o partido reformule o discurso para a disputa para a eleição presidencial de 2018.

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