Brasil

Chega a 115 o número de mortes em Brumadinho; 248 seguem desaparecidos

O Instituto Médico Legal (IML) já identificou 71 vítimas da tragédia. Sexta-feira, foi marcada por homenagens e pela divulgação de vídeos do momento rompimento

João Henrique do Vale/Estado de Minas
postado em 01/02/2019 19:11
Mortes em Brumadinho
O número da tragédia de Brumadinho, na Grande BH, é cada vez mais trágico. No oitavo dia depois do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, da Vale, o número de mortes chegou a 115. Ainda há 248 pessoas desparecidas. Foram identificadas 71 pessoas. Esta sexta-feira, foi marcada por homenagens das autoridades de segurança que trabalham na megaoperação e, ainda, pela divulgação de vídeos do momento em que o reservatório de rejeitos de minério cedeu e a lama desceu rapidamente.
As imagens mostram a força em que o mar de lama desceu. Foi possível averiguar que a velocidade da lama e dos rejeitos da barragem era de 114km/h no começo do trajeto. A avalanche atinge uma pequena lagoa em 13 segundos, percorrendo 413 metros dentro do pátio da empresa. Em seguida, a velocidade se reduz em função de barreiras como árvores e construções.

Os vídeos mostram o momento exato do rompimento da barragem I, da ma Mina Córrego do Feijão, e registra o caminho inicial do mar de lama sobre árvores e construções da Vale. Além disso, mostram a tentativa de fuga de pessoas da área atingida em um carro e uma caminhonete. Os veículos, entretanto, desaparecem.
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Homenagens


Esta sexta-feira também foi de homenagem aos atingidos pela tragédia. Ela começou a ser organizada na noite dessa quinta-feira. Por meio das redes sociais, o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, convocou a população mineira a fazer doações de rosas para serem despejadas em Brumadinho. E o pedido foi atendido. Durante toda a manhã desta sexta-feira, várias pessoas foram até o Batalhão de Operações Aéreas, localizado no Bairro Aeroporto, na Região da Pampulha, para deixar as pétalas.

No início da tarde, uma cerimônia religiosa foi realizada próximo ao local da tragédia, na comunidade de Córrego do Feijão, com a presença de um padre, com música e orações. Os militares também fizeram o hasteamento da bandeira do Brasil. Familiares de vítimas acompanharam. Uma mulher passou mal e precisou ser atendida.
Depois da cerimônia, dez helicópteros que participam da megaoperação, sobrevoaram a zona quente. Eles jogaram as pétalas de rosas sobre a lama, que soterrou centenas de pessoas, animais, e provocou danos ao meio ambiente. Os militares que estavam em campo e que participaram da homenagem, prestaram continência, uma saudação dos militares. Mas, hoje, serviu como um gesto de condolência em silêncio, e um manifesto de respeito e apreço às vítimas e familiares.
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