Brasil

VÍDEO: desembargador sem máscara humilha guarda municipal e rasga multa

A cena pode ser vista em um vídeo divulgado nas redes sociais neste sábado (18/7)

Em Santos, no litoral paulista, um desembargador ofendeu um guarda municipal que o abordou por ele não estar usando máscara. No município, a medida de proteção é obrigatória desde 1º de maio. As multas variam de R$ 100 a R$ 200.

A cena pode ser vista em um vídeo divulgado nas redes sociais neste sábado (18/7). Ao ser parado, o magistrado, mais tarde identificado como Eduardo Almeida Prado Rocha de Siqueira, conversa com o guarda por um breve momento e logo faz uma ligação no celular.

Durante a chamada, ele diz "estou aqui com um analfabeto" e tenta fazer com que o agente converse com a pessoa na linha. O guarda nega. É nesta hora que o desembargador se identifica como Eduardo Siqueira (veja vídeo abaixo). 
 
Em uma versão anterior da matéria, o Correio erroneamente identificou o homem no vídeo como um assistente jurídico.
 


A cena continua. O guarda aplica a multa ao desembargador, que não se dá por satisfeito com a encenação. Ele rasga o documento ao meio e joga o papel no chão, dando as costas aos guardas municipais e prosseguindo com a caminhada.

Novo vídeo e reação do TJSP

Eduardo Siqueira é desembargador e trabalha no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), onde já foi coordenador da área de saúde do órgão.

Após a repercussão do caso, tanto o tribunal quanto o Conselho Nacional de Justiça se manifestaram e disseram que vão apurar a conduta do magistrado. O CNJ deseja, inclusive, apurar os fatos sozinho, prevenindo assim .

Um outro vídeo veio a público neste domingo. Nele, Siqueira reclama da ação da guarda municipal e, em determinado momento, para demonstrar superioridade, começa a falar em francês.

O Correio entrou em contato com a Guarda Municipal do município de Santos para comentar o caso, mas até a última atualização desta reportagem não havia recebido retorno.  

Repercussão

As imagens repercutiram nas redes sociais e o caso foi comparado com a recente polêmica do "cidadão, não, engenheiro civil", em que um casal humilhou um agente da Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro.