Cidades

Metroviários em greve: metrô funcionará com 18 trens na volta para casa

Empresa afirma que terá 75% da frota a partir das 16h30. No entanto, decide suspender o serviço entre meio-dia e esse horário

Hellen Leite
postado em 09/11/2017 11:30

Estações com movimentação abaixo do normal: 18 trens em circulação

Ao menos 75% dos trens (18 carros) vão circular entre 16h30 e 20h30 desta quinta-feira (9/11) nas estações da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), para dar um alívio aos usuários do transporte público na volta para casa. Embora a empresa e os metroviários ainda não tenham entrado em um acordo sobre o fim da greve, a volta para casa dos brasilienses também será possível por meio do sistema metroviário.

No horário de pico da manhã, entre 6h30 e 10h, as 22 estações do metrô funcionaram com 18 trens. Depois deste horário, apenas 10 trens foram disponibilizados para o transporte de passageiros e, por conta da falta de funcionários, o sistema acabou interrompido depois do meio-dia, com previsão para voltar às 16h30. De manhã, as catracas chegaram a ser liberadas para os passageiros. No horário de pico à tarde, das 16h30 às 20h30, a frota volta a circular com 18 trens.


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[SAIBAMAIS]Uma reunião entre a presidência do Metrô-DF e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô-DF), está prevista para ocorrer ainda nesta manhã. Duas estações continuam fechadas para embarque: a 114 Asa Sul e a Guariroba, em Ceilândia. Segundo o Metrô-DF, essas estações têm pouco fluxo de passageiros e devem continuar fechadas ao longo do dia. As demais estações estão funcionando normalmente.

O DFTrans e a Secretaria de Mobilidade disponibilizaram 69 ônibus extras para atender à população nas regiões por onde circula o metrô. São 9 ônibus adicionais em Águas Claras, 29 em Ceilândia, 2 no Guará, 4 em Taguatinga e 23 em Samambaia. Do total, 51 são articulados e 16, básicos, de acordo com o plano emergencial da Secretaria de Mobilidade.

Exigências dos metroviários

Os metroviários exigem a convocação dos aprovados no último concurso e a data-base, segundo acordo firmado em 2015. Na ocasião, o GDF se comprometeu a implementar reajuste salarial de 8,4% conforme Índice de Preço ao Consumidor (INPC) e a convocar 320 novos servidores para posse e mais 301 para formação de cadastro reserva, assim que o DF saísse do Limite Prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. O fato aconteceu no dia 29 de setembro, mas o acordo não foi cumprido.

Em nota, o Sindmetrô pediu o apoio da população. "Pedimos a compreensão e o apoio da população nesta luta que tem o intuito, antes de mais nada, de melhorar o atendimento prestado aos usuários deste sistema de transporte que vem sendo cada dia mais sucateado e esquecido por este governo que insiste em priorizar comissionados e contratos terceirizados", enfatiza o texto. A categoria afirma que já está há mais de três anos sem ter reposição de perdas salariais referentes aos índices inflacionários.

Trânsito intenso com greve e chuva

O trânsito na Estrada Parque Taguatinga (EPTG) seguia intenso nesta manhã. Além das complicações por causa da paralisação dos metroviários, também houve um acidente grave na pista Sul da Estrutural, próximo à madeireira Castelo Forte, que causou a morte de um motociclista. Às 9h, o trecho entre o Eixo Monumental, próximo ao Memorial JK e a Rodoviária do Plano Piloto também estava com congestionamento.

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