Yasmin Cruz*
postado em 07/12/2017 12:34
Usuários da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) relataram problemas com as catracas da estação Arniqueiras, na manhã desta quinta-feira (7/12), o que causou longas filas e demora de acesso aos trens. Devido à greve dos metroviários, que chega ao 29; dia, a estação está aberta para embarque e desembarque apenas nos horários de pico (das 6h às 8h45 e das 16h45 as 19h30). Nos demais horários, funciona apenas para a população desembarcar.
O servidor público Rogério Esteves, 49 anos, afirma que mora próximo à estação e observa que, desde a última quarta-feira (6/12), a fila para passar as catracas tem chegado até o lado de fora. "Acredito que os funcionários estão querendo dar transtorno à população com essa greve. Apenas uma catraca fica aberta", afirma.
De acordo com o Metrô-DF, o transtorno se deu devido a problemas nas catracas do Passe Livre Estudantil, de responsabilidade do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans). As demais estavam funcionando normalmente. A empresa pontua, ainda, que técnicos já foram acionados para atuar e resolver a situação e que, apesar das filas, todos os passageiros conseguiram embarcar. Os funcionários liberaram as catracas, deixando os usuários entrarem gratuitamente, para evitar mais transtornos.
Esquema
O funcionamento dos locais segue alterado por conta da greve. De segunda à sábado, no horário de pico, 18 dos 24 terminais ficam em operação. Fora dos horários de pico, 12 estações permanecem abertas. Aos domingos, o passageiro pode embarcar, durante todo o dia, em nove pontos: Central, Shopping, Guará, Águas Claras, Praça do Relógio, Ceilândia Centro, Terminal Ceilândia, Furnas e Samambaia. Até o fim da greve, as faixas exclusivas da Estrada Parque Taguatinga (EPTG) e da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) seguem abertas para veículos particulares.
Greve
A greve da categoria está prestes a completar um mês. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô/DF), o governo ainda não apresentou nenhuma proposta. O Sindicato relata que já propuseram ao Metrô-DF que as catracas sejam liberadas e os usuários entrem sem pagar, mas a empresa negou.
[SAIBAMAIS]O SindMetrô reivindica reajuste salarial de 8,41%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que, diz a categoria, está atrasado desde 2005. O sindicato pede, ainda, a nomeação de novos servidores concursados para a estatal.
* Estagiária sob supervisão de Humberto Rezende