Augusto Fernandes
postado em 31/05/2018 10:25
Dois meses depois de matar um jovem de 19 anos em Ceilândia, Rafael Thaigo do Prado, também de 19, acabou detido por policiais civis da 24; Delegacia de Polícia (Setor O, Ceilândia) na noite desta quarta-feira (30/5). Rafael, vulgo Peixinho, tinha um mandado de prisão preventiva em seu nome em razão do crime.
Na noite de 31 de março, Rafael e outro homem, Marcos Vinícius Barbosa dos Santos, 19, estavam em um Corsa. Enquanto passavam pela QNO 19, na Expansão do Setor O, os dois dispararam nove vezes contra a vítima. Os dois fazem parte de uma quadrilha conhecida como Gangue 17 do Mal, e Marcos é apontado pelos policiais como líder da organização. Ele está foragido, e também se encontra com mandado de prisão preventiva em seu desfavor.
Guerra entre gangues
Na semana passada, Maria Eduarda Rodrigues de Amorim, de apenas 5 anos, morreu em casa, na QNO 18, com um tiro na cabeça e outro no abdômen. Os disparos foram efetuados, de acordo com a Polícia Civil, por membros de uma gangue da QNO 17. Um dos irmãos da vítima, de 19 anos, seria o alvo dos criminosos, e foi atingido com um tiro na perna. Ele é suspeito de ter participado de um assassinato na quadra da gangue rival, e estava em liberdade provisória.
[SAIBAMAIS]Na terça-feira (29/5), agentes da 24; DP apreenderam três adolescentes suspeitos de assassinar a criança. Os policiais ainda procuram Walisson Ferrerira da Silva, 21 anos, outro suspeito de ter participado do crime. Ele é conhecido como Dedé na região e está foragido, com mandado de prisão preventiva.
Outra vítima recente da disputa entre jovens moradores da QNO 17 e QNO 18 é um rapaz 17 anos, jogador de futebol amador, assassinado em uma parada de ônibus da QNO 17, ao lado da irmã de 12 anos. Entre os suspeitos deste caso há dois adolescentes foragidos, que cumpriam medida socioeducativa em unidades de internação do DF.
A rivalidade entre adolescentes da QNO 17 e QNO 18 de Ceilândia teria começado em 2014, quando um jovem na QNO 18 bateu no rosto de outro, morador da QNO 17. ;O que bateu na cara do rapaz voltou lá (para a quadra 17) para matá-lo, mas, nisso, ele (agressor) foi quem morreu. Em 1; de janeiro de 2015, a galera da 18 matou um dos envolvidos no primeiro homicídio, morador da 17. Aí, as mortes se intensificaram, um matando o outro de cada lado;, explicou ao Correio um jovem morador da QNO 17.