Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 17/07/2018 16:30
Vinte dias após a troca de bebês no Hospital Regional do Paranoá (HRP), a Polícia Civil estipula a exumação do corpo do natimorto para quinta-feira (20/7). Nos últimos quatro dias, os dois casais envolvidos no erro hospitalar foram até o Instituto de Medicina Legal (IML), no Parque da Cidade, para a coleta de material genético.
Após a exumação, serão coletadas amostras de DNA do bebê que continua no necrotério do HRP e o que foi enterrado, no Cemitério de Planaltina, para os testes de parentesco. Não há previsão para o resultado desses exames. .
Segundo o diretor do Instituto de Pesquisa de DNA Forense, o perito médico legista e geneticista forense Samuel Ferreira, a unidade da Polícia Civil só recebeu a notificação para trabalhar neste caso na sexta-feira (13), junto com o IML.
;Esse é um labor científico, extremamente técnico e que exige cuidado. Depois de realizarmos a exumação, prosseguimos para a segunda fase do processo, que é a coleta das amostras genéticas dos natimortos. Não é possível estabelecer um prazo para o resultado deste teste final, pois não sabemos o estado de decomposição do corpo enterrado;, explica Samuel.
Na sexta-feira (13), os pais da criança que havia nascido prematura foram ao IML para a coleta do material genético. Na segunda-feira (16), Fabricia da Silva, 29 anos, e Francisco Faustino passaram pelo processo.
Em entrevista ao Correio e, Fabricia disse espera que ;tudo seja mais rápido agora". "O que eu quero é poder enterrar o meu filho e poder fechar um ciclo da minha vida. Não é e não será algo fácil, a dor nunca vai me deixar. Mas eu e o meu marido poderemos seguir em frente.;