Cidades

Condenado a 14 anos de prisão homem que tentou matar mulher a marteladas

O crime ocorreu em novembro de 2017, quando a corretora de imóveis mostrava um apartamento ao agressor

Pedro Grigori - Especial para o Correio
postado em 09/08/2018 14:41
Desenho de uma mão esmagando uma mulherO Tribunal do Júri de Brasília condenou a 14 anos de reclusão um homem que tentou matar a marteladas uma corretora de imóveis em novembro de 2017. Danielly Almeida dos Santos apresentava um apartamento na 412 Sul para Thiago Dantas Tizon de Oliveira, que, ao decorrer da visita, atacou a vítima pelas costas com golpes de martelo na cabeça.
O agressor ainda desferiu mais cinco golpes de martelo na mulher, segundo depoimento prestado à Polícia Civil. Mesmo ferida, Danielly conseguiu fugir e buscar socorro com estudantes que passavam perto do prédio. Populares conseguiram conter Thiago, e chegaram a linchá-lo. A Polícia Militar levou vítima e agressor ao Hospital de Base.
Thiago foi preso e respondeu ao processo atrás das grades. Os jurados do Tribunal do Júri reconheceram a autoria e a materialidade do delito e decidiram que houve o crime de tentativa de homicídio. A pena será cumprida inicialmente em regime fechado. O agressor não terá direito de recorrer da condenação em liberdade.

Violência contra a mulher

Na semana da condenação da tentativa de homicídio a Danielly Almeida, três mulheres foram assassinadas por homens no Distrito Federal. A Secretaria de Estado do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh), por meio da Secretaria Adjunta de Políticas para Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, lamentou, por nota, a violência que levou à morte de Marília Jane de Sousa Silva, Carla Rodrigues Zandoná e Adriana Castro Santos.
"Expressamos o apoio e a solidariedade aos familiares. Reiteramos nosso compromisso público de dar continuidade às ações de enfrentamento contra todas as formas de violência e discriminação contra as mulheres, seja violência física, sexual, psicológica, patrimonial e moral, que historicamente têm vitimado as mulheres por razão da condição de ser do sexo feminino", informou a secretaria.
A pasta também lembrou que a Lei Maria da Penha completou 12 anos nesta semana, e que, apesar dos avanços constatados, "ainda se faz necessária a mobilização da sociedade para que não fique inerte diante da violência".

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