Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 15/08/2018 18:38
Policiais descartam a hipótese de que o professor Fábio Coelhos Dantas, 41 anos, tenha sido assassinado. Agentes tratam a morte como acidental, devido ao estado de saúde do docente, que sofria de diabetes e esquizofrenia. Ele estava desparecido desde domingo (12/8), quando saiu de casa à 1h, no Guará. O corpo foi encontrado por volta das 17h de terça-feira (14/8), no Ribeirão Areias, no município goiano de Cocalzinho. Um dia antes, o carro de Fábio também foi encontrado na cidade. O corpo será velado na quinta-feira (16/8), a partir das 14h, na Capela 1 do Cemitério Campo da Esperança na Asa Sul.
Agentes da 4; Delegacia de Polícia (Guará) conseguiram desvendar o que aconteceu com o professor. A trajetória dele após sair de casa, é desconexo e, de acordo com o delegado Johnson Kenedy, chefe da DP, "mostram o estado mental de confusão em que ele se encontrava".
Fábio pegou o veículo, um Honda HRV prata, e saiu dirigindo pelo Distrito Federal, aparentemente sem rumo. Passou pelo Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e também pela área rural de Brazlândia. Depois, seguiu para Águas Lindas de Goiás, na segunda-feira (13/08), por volta das 5h50. Na cidade do Entorno, parou em uma distribuidora de bebidas.
"Ele desce do carro vestido, mas descalço. Cumprimenta todos os que estão no estabelecimento, como se os conhecesse. Mas, na verdade, ele não tinha nenhuma relação com essas pessoas, o que mostra a confusão dele", explica o delegado.
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Fábio passa 20 minutos da distribuidora e vai embora, sozinho. Os momentos foram registrados por câmeras de segurança (veja acima). Horas depois, a notícia é de que o carro do professor foi encontrado. Na terça-feira (14), um caseiro escuta gritos como "ow, ow" no Ribeirão Areias.
"Como é uma área de movimentação de pescadores, ele não deu muita atenção. Mas ficou pensando nisso e deu uma volta no local, quando encontrou o corpo dele (Fábio)", descreve Johnson Kenedy.
Investigadores do Goiás cuidaram da perícia no local, enquanto agentes do Instituto Médico Legal (IML) do estado trabalhavam para identificar a causa da morte. O corpo de Fábio, assim como o carro dele, não tinham nenhum sinal de violência. Ele morreu afogado, por acidente.
"Fábio tinha diabetes e conseguimos identificar que ele não comia desde domingo. Por isso, ele pode ter entrado na água e passado mal, não conseguindo sair de lá", finaliza o delegado.
A Polícia Civil de Goiás é a responsável por concluir a investigação sobre a morte do professor, uma vez que o corpo foi encontrado no município de Cocalzinho.