Cidades

Ibram finaliza contenção de óleo que vazou no Lago Paranoá

Segundo o órgão, não há risco para a fauna aquática. A Polícia Civil investiga o caso para responsabilizar os culpados e a lancha passa agora por perícia

Mariana Machado
postado em 25/10/2018 10:01
Cerca de 500 metros da superfície do Lago foram contaminados. A Polícia Civil investiga o caso para responsabilizar os culpados.
O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) concluiu a retirada do óleo que vazou no Lago Paranoá no último sábado (20/10), durante o abastecimento de uma lancha em um posto no Setor de Clubes Sul, próximo à ponte JK. O vazamento só foi detectado no domingo e, além do Ibram, atuaram na contenção agentes do Corpo de Bombeiros, da Marinha do Brasil, da Adasa, da Polícia Ambiental e da Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente à Ordem Urbanística (DEMA).
Foram usadas mantas e boias para impedir o avanço do óleo no lago. Segundo o Instituto, as condições climáticas auxiliaram nos trabalhos, já que os ventos sopraram o óleo para as margens. Cerca de 500 metros de superfície foram atingidos e os bombeiros fizeram sobrevoos com drones para checar se todo o óleo tinha sido retirado.
Em nota, o Ibram informou que como o óleo é sobrenadante, isto é, fica acima da superfície da água, não deve haver impacto importante na fauna aquática. "No entanto, o órgão continua com o monitoramento de fauna e flora, bem como da qualidade da água em toda a área", diz o texto. O órgão disse ainda que já está configurada infração ambiental e tanto o posto quanto o dono da embarcação serão autuados administrativamente e de acordo com a legislação ambiental. O valor da multa, no entanto, apenas será dado após a conclusão das análises da Diretoria de Riscos Ambientais.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que já identificou o proprietário e o condutor da lancha e que iniciou as investigações para responsabilizar os culpados. O barco passa agora por perícia e está recolhido junto ao quartel do Corpo de Bombeiros. Trata-se de uma das maiores lanchas em Brasília, chamada Antonela, com capacidade para 20 pessoas e valor aproximado de R$ 1,5 milhão.

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