Cidades

Filho baleado pelo pai na 316 Norte é transferido a hospital particular

Régis do Carmo Corrêa Maia está fora de risco. Ele foi baleado quatro vezes pelo pai, que depois matou a mãe de Régis e mulher dele, Diva Maria Maia da Silva

Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 31/01/2019 19:27
Régis foi transferido para hospital da rede particularRégis do Carmo Corrêa Maia, 46 anos, baleado pelo próprio pai, Ranulfo do Carmo Filho, 72, no apartamento da família, no Bloco E da 316 Norte, foi transferido para um hospital particular. O morador do Sudoeste apresentou melhora no quadro de saúde e está fora de perigo. Familiares decidiram encaminhá-lo para outra unidade no início da tarde desta quinta-feira (31/1).
O técnico do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) estava internado no Hospital de Base desde a manhã do crime, na segunda-feira (28). Ele deu entrada na ala vermelha com hemorragia grave, após levar quatro tiros, três no peito. Uma das balas atingiu o pulmão de Régis e médicos drenaram a região. O servidor também passou por um procedimento cirúrgico para retirar o projétil alojado no ombro.
Na terça-feira (29), Régis foi para a Unidade de Terapia Intensiva de Trauma do hospital. O estado de saúde ainda era grave, mas . Ele respirava com auxílio de uma máscara de oxigênio, mas sem dificuldade. Como sofreu uma fratura nas costelas, médicos solicitaram uma radiografia de tórax.
No decorrer da semana, o servidor começou a se alimentar normalmente. Ele ainda está com dreno no pulmão. Com a melhora, houve a possibilidade de transferência.

Feminicídio na 316 Norte

Régis foi socorrido pelos bombeiros após o feminicídio da mãe, Diva Maria Maia da Silva, 69, assassinada por Ranulfo. O casal estava junto há quase 50 anos, mas o relacionamento foi marcado por violências físicas e psicológicas, como relataram amigos, familiares e vizinhos das vítimas.
No dia do crime, Régis e Diva tinham voltado de Goiânia (GO), onde o servidor fez um concurso público. Cerca de cinco minutos depois, Ranulfo chegou e discutiu com o filho. Em meio à briga, uma vizinha entrou no apartamento. O autônomo aposentado foi até o quarto, pegou o , que estava escondido em cima do armário, e voltou para a sala.
Ranulfo descarregou a arma contra o filho, atingido-o quatro vezes. A vizinha presenciou o momento. Ela estancou o sangramento, ao mesmo tempo que tentava acalmar Diva, que ficou em choque. Enquanto isso, o assassino confesso voltou ao quarto, onde recarregou o artefato. Ele voltou mirando as mulheres, que se esconderam atrás do sofá.
O aposentado apertou o gatilho seis vezes contra Diva. Ao ter certeza da morte dela, deixou a residência e colocou o revólver ao lado das vítimas. Ele tentou fugir em um Cross Fox branco, mas foi alcançado pela Polícia Militar na Epia, na Quadra 8 do Park Way.
Preso em flagrante, passou por audiência de custódia na terça-feira (29), quando a juíza determinou a . Caso seja colocado em liberdade, os filhos, Régis e Rejane do Carmo Frota e Cysne, 42, receberão medidas protetivas. Ele responderá por feminicídio, tentativa de homicídio e posse ilegal de arma de fogo.
Diva foi enterrada na terça-feira (29), no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul. A cerimônia foi marcada pelo silêncio e tristeza entre os presentes.

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