Jornal Correio Braziliense

Cidades

Justiça nega internação compulsória de acusado de tentar invadir escola

Família pede internação e alega que o suspeito sofre de esquizofrenia. Justiça, no entanto, entende que é necessária avaliação médica. Secretaria de Saúde diz que há falta de leitos

. Relatório do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (Mnpct) indicou situação como maus-tratos, banheiros sem condição de uso, ausência de toalhas e falta de água para consumo humano.

O Mnpct encaminhou pedido ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Secretaria de Saúde do Distrito Federal para investigar as condições de atendimento no hospital, inaugurado em 1976.

Entenda o caso

O ex-policial civil foi detido na sexta-feira (8/2) de manhã. Ele foi encontrado pela Polícia Militar no depósito do Detran, na Asa Norte. Ele havia sido denunciado por tentar invadir a escola Pedacinho do Céu, na segunda (4/2) e terça-feira (5/2). O suspeito ficou oito horas na 2; DP, onde prestou depoimento. Como não havia um mandado de prisão expedido ; por ter passado a situação de flagrante, o homem acabou liberado por volta das 18h.

. Funcionárias de uma academia que o ex-policial frequentava compareceram ao local para dar queixa contra ele. Acusaram-no de ter dado o telefone celular para uma criança de 6 anos.

Em outro episódio, também na academia, O ex-policial teria se apresentado como professor de artes marciais e oferecido aula pra uma criança de 10 anos. Mães de outros estudantes também foram à delegacia, alegando que o ex-policial foi visto nas imediações de uma instituição da 912 Norte.

O suspeito tem ficha criminal e chegou a ser condenado por ato obsceno. No dia do crime, ele teria mostrado o órgão genital para duas adolescentes de 15 e 11 anos. A Justiça o condenou a 5 anos de prisão, contudo, a pena foi substituída por restritiva de liberdade. Ele também é réu em outros três processos por estupro de vulnerável, ultraje público ao pudor e lesão corporal.

Ele foi expulso da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em 2001, quando respondia a processos por uso indevido de arma policial e improbidade administrativa. Ele havia entrado para a corporação em 1996.