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Vida nova: gêmeas Lis e Mel recebem alta do hospital nesta segunda-feira

36 dias após a cirurgia de separação, Lis e Mel já podem ir para casa, em Ceilândia. A recuperação das meninas foi considerada um sucesso e comemorada pela família e equipe médica

Hellen Leite
postado em 03/06/2019 08:27
Lis e Mel, gêmeas siamesas do DF
As gêmeas siamesas Lis e Mel receberam alta médica nesta segunda-feira (3/6), 36 dias após a cirurgia de separação total feita no Hospital da Criança (HCB). A recuperação das meninas foi surpreendente e comemorada pela equipe médica. Elas voltam para casa, em Ceilândia, onde devem seguir a rotina de cuidados pós-operatórios.

Lis saiu da UTI na última segunda-feira (27/5); Mel já tinha deixado a unidade uma semana antes. A família tem praticamente morado no hospital desde o dia 27 de abril, quando aconteceu a cirurgia de separação das gêmeas. No sábado (1;/6), elas comemoraram um ano de idade com uma festa junina com direito a bolo, balões e decoração especial. Espertas e ativas, elas já falam palavras como "mamá" e "papá", brincam juntas e ensaiam os primeiros passos independentes uma da outra.

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[SAIBAMAIS]A expectativa agora é de vida normal para as pequenas. "Que elas corram, brinquem e quebrem a casa. Esperamos sempre o melhor, que elas tenham saúde e possam sair para a rua, ir para o shopping e passear;, disse o pai das gêmeas Rodrigo Aragão, 30 anos. As meninas devem continuar a visitar o hospital para o tratamento com fisioterapia e fonoaudiologia.

Caso raro


Camilla Vieira, 25 anos, e Rodrigo Aragão, 30 anos, descobriram que seriam pais de gêmeas siamesas na 10; semana de gestação. Provavelmente, um dos casos mais precoces do mundo de detecção de gêmeos siameses craniópagos - que são unidos pela cabeça. Elas são acompanhadas pelo neurocirurgião Benício Oton desde a 12; semana de gestação.

, na altura da testa. A separação das gêmeas siamesas ocorreu no dia 27 de abril. A cirurgia, considerada raríssima na medicina, foi dividida em 36 etapas, começou às 6h30 de sábado e só terminou às 2h30 de domingo (28).

Não havia veias ou artérias ligando o cérebro das meninas, mas o processo, além de raro, exigia extremo cuidado. Mais de 50 profissionais participaram da cirurgia de separação. Esse foi o primeiro procedimento do tipo no Distrito Federal, o terceiro no Brasil.

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