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Cidades

Veja quais categorias decidiram aderir à greve geral de sexta-feira no DF

Algumas categorias, como os professores, já informaram que vão aderir à paralisação contra a reforma da Previdência, entre outras reivindicações

A greve geral em protesto contra a reforma da Previdência, marcada para esta sexta-feira (14/6), deve causar reflexos nos serviços do Distrito Federal. As escolas públicas não funcionarão devido a paralisação de professores, por exemplo, e funcionários do transporte público avaliam se vão aderir ao movimento.

Os professores da rede pública do DF aprovaram a paralisação em assembleia realizada em 14 de março. Além de apoiarem as pautas nacionais - contrários à redução de recursos para educação e à proposta de reforma na Previdência apresentada pelo governo federal -, defenderão reivindicações locais.

"Buscamos o reajuste do vale-alimentação e auxílio-saúde, a regularização das pecúnias da licenças-prêmio, o cumprimento da meta 17 do Plano Distrital de Educação e a contratação de plano de saúde para os servidores da Educação", explica Cleber Soares, diretor de imprensa do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF).

A assembleia da categoria está marcada para as 9h de sexta-feira, na Praça do Buriti. A expectativa do sindicato é de que as aulas paralisem em todas as escolas da rede pública. Em nota, a Secretaria de Educação informou que as aulas não ministradas durante a paralisação deverão ser repostas, em datas a serem definidas pelas direções das escolas, mas ainda no segundo bimestre deste ano.

A Secretaria de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB) informou que os movimentos estudantis e sindicais têm autonomia para se organizar e realizar mobilizações e que não há previsão de alterações no calendário acadêmico, que é definido pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe).

Os bancários do DF também se somarão às categorias de trabalhadores que aderiram à greve. A decisão foi tomada na assembleia geral da categoria realizada pelo sindicato na última segunda-feira (10/6), na sede da entidade. "A principal bandeira dos trabalhadores nesta greve é contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro, que saqueia nossos direitos e entrega aos banqueiros, mas a conjuntura político-econômica exige a inclusão de outros temas, como a defesa dos bancos públicos", reforçou o presidente do Sindicato dos Bancários, Eduardo Araújo.

Transporte

Os motoristas e cobradores de ônibus decidiram aderir à greve geral. A informação foi confirmada pelos próprios trabalhadores e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-DF). A paralisação começa à meia-noite de quinta (13/6) para sexta-feira (14/6) e deve durar 24h.

Na Rodoviária do Plano Piloto, boa parte dos rodoviários está com adesivos com a inscrição "greve geral" colado à roupa. Questionados se vão ou não aderir ao movimento, eles confirmam a participação, mas também não parecem ter muitas informações sobre que horas começa e termina; se todos vão parar ou se será mantido o percentual de 30% da frota rodando.

Para poupar um dinheirinho no fim do mês, a recepcionista Sandra Melo, 44, opta por ir de ônibus todos os dias ao trabalho. Ela sai do Guará e vai até o Setor de Autarquias, no Plano Piloto. No entanto, amanhã vai ter que tirar o carro da garagem e sair mais cedo de casa para tentar não pegar engarrafamento. "Eu entro às 8h e geralmente pego o ônibus às 7h15 para conseguir chegar na hora. Amanhã tenho que já estar na rua por volta das 6h50, senão corro o risco de me atrasar demais. Vai ser complicado, mas não custa tentar".

O Sindicato dos Metroviários do Distrito Federal (Sindmetro-DF), cujos funcionários estão em greve desde 2 de maio, já confirmou que não irá aderir e que os funcionários trabalharão conforme está na liminar. O Metrô-DF informou pelas redes sociais que funcionará em horário normal, de 5h30 às 23h30.

Os servidores do Departamento de Trânsito (Detran-DF), farão apenas atendimentos de emergência, em caso de acidentes. Segundo o sindicato da categoria, o Sindetran, 80% devem cruzar os braços. Aprovada em 16 de maio, durante assembleia geral, a paralisação das atividades ocorrerá das 6h às 18h, tanto no serviço administrativo como em blitze, vistorias, emissão de documentos, provas teóricas e práticas.

Está marcada assembleia às 10h de sexta-feira, na sede do Detran de Taguatinga. "Nossa principal pauta é contra a reforma da Previdência, no entanto, estamos lutando contra o desmonte do serviço público e o sucateamento do Detran-DF, assim como a falta de efetivo", destaca o presidente do sindicato, Fábio Medeiros.

A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e o Zoológico já confirmaram que não irão aderir à paralisação.

Veja como ficam os setores:

Bancários - Em greve

Caesb - Não vai aderir

Detran - Em greve

Educação - Em greve

Metroviários - Não vão aderir

Zoológico - Não vai aderir

Rodoviários - Em greve