Dois anos após o crime, a mãe da jovem, Rosângela Cristina Silva, 39 anos, peregrina todas as semanas ao Fórum de Alexânia em busca de justiça para Raphaella. "Espero que ele (Misael) pegue a pena máxima, mas mesmo que seja condenado, a revolta é muito grande. Eu sofro muito e vai ser para o resto da vida, a ausência dela para mim é irreparável", contou ao Correio.
O crime chocou Alexânia, uma cidade de 26 mil habitantes. Raphaella foi brutalmente assassinada no dia 6 de novembro de 2017. Misael pulou o muro da Escola Estadual 13 de Maio por volta das 9h e surpreendeu a adolescente com 11 tiros. Ela estudava no 9; ano do ensino fundamental. Imagens das câmeras de segurança da escola registraram o pânico dos alunos logo após o crime.
[FOTO1050325]
[FOTO1050325]
Uma arma calibre .32 foi usada para alvejar Raphaella. Além do revólver, Misael usava uma máscara e portava uma faca e veneno, que seria usado para cometer suicídio. Ele foi preso no mesmo dia e confessou que o crime teria sido motivado por ele ter sofrido rejeição.
Em depoimento, Misael disse que tentou, diversas vezes, manter um relacionamento amoroso com a adolescente, mas após seguidas negativas da estudante, passou a planejar o crime. Ele responde por homicídio qualificado por motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e por feminicídio.