Cidades

Caso Bernardo: corpo do menino chega na madrugada desta terça (10/12)

Por volta de meio-dia desta segunda (9/12) a equipe de perícia do IML de Itaberaba (BA) liberou o corpo para a família. Mãe de Bernardo ainda não definiu horário do funeral

Sarah Peres, Cibele Moreira
postado em 09/12/2019 14:15
[FOTO1]A equipe Instituto Médico Legal de Itaberaba (BA) liberou o corpo de Bernardo da Silva Marques Osório, de 1 ano e 11 meses, para translado até Brasília. A liberação ocorreu por volta do meio-dia após checagem do laudo de comprovação de DNA, encaminhado pelo Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA), da Polícia Civil do Distrito Federal.

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O corpo deve chegar a Brasília na madrugada desta terça-feira (10/12). O trajeto de 1.270 quilômetros, com duração de mais de 15 horas, será feito por uma funerária do DF, que disponibilizará dois motoristas, para que não ocorram interrupções longas durante a viagem. Segundo a família, a previsão é de que a criança seja enterrada no mesmo dia, no Campo da Esperança, na Asa Sul.

Entenda o caso

Paulo Roberto de Caldas Osório sequestrou Bernardo em 29 de novembro, quando o buscou na creche, na 906 Sul. No veículo, entregou à criança um copo com suco de uva. A bebida estava envenenada com três comprimidos de uma medicação para insônia de uso restrito, a qual era consumida pelo servidor público, por meio de receita médica.

Bernardo passou mal ao menos duas vezes, dentro da casa do pai, na 712 Sul. Paulo deu banho nele e, pouco depois, o colocou na cadeirinha de segurança do carro. De acordo com o depoimento do assassino confesso aos investigadores da DRS, o menino estava dormindo, e a intenção do homem era seguir até a Bahia, onde ficaria alguns dias para dar um ;susto; na mãe do garoto.

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Paulo relatou que pegou a BR-020. No caminho, ao parar em um posto às margens da rodovia para abastecer, notou que Bernardo estava morto. Ele continuou viagem e, após o ponto de divisa entre Goiás e o estado do Nordeste, abandonou o corpo do filho e a cadeirinha em um ponto de mata. Policiais civis fizeram buscas na área indicada pelo acusado, na última quinta-feira, mas não obtiveram sucesso.

Na sexta-feira, um morador do povoado de Campos de São João (BA) entrou em contato com a DRS. Por telefone, informou aos agentes que havia encontrado um corpo com as mesmas características de Bernardo, além de uma cadeirinha de segurança. No mesmo dia, o delegado Leandro Ritt, acompanhado de três policiais e da avó do menino, Juciane Nascimento, viajaram em uma aeronave da Polícia Civil do DF. O cadáver foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da Bahia.

Como não foi possível a identificação visual, por causa do estado de decomposição do corpo. Mas objetos pessoais do garoto, como o colar de âmbar e a cadeirinha, já indicavam se tratar de Bernardo. peritos baianos e brasilienses fizeram análises por meio de fotos para indicar a melhor amostra para o exame de DNA. O material foi retirado pelos especialistas e entregue aos cuidados do delegado Leandro Ritt. O investigador pousou na capital federal por volta das 13h de sábado e entregou a amostra ao perito-médico Samuel Ferreira, do IPDNA, para início das análises. O trabalho foi concluído antes das 18h, e o resultado, entregue à DRS na manhã de ontem.

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