O homem de 31 anos que matou a namorada dentro de casa, em Samambaia, nesta terça-feira (14/1), responderá por posse ilegal de arma de fogo e homicídio duplamente qualificado (feminicídio e motivo torpe). Identificado como Leonardo Pereira, o suspeito afirma que a morte foi acidental.
A vítima, Gabrielly Miranda, 18 anos, foi baleada na cabeça e morreu no local. Esse é o segundo caso registrado como feminicídio no Distrito Federal este ano. Se condenado, Leonardo pode receber pena de até 30 anos de prisão.
A versão do suspeito
Em depoimento ao delegado chefe adjunto José Eduardo Escanhoela, Leonardo afirmou que, na noite de segunda-feira (13/1), os dois ingeriram bebida alcoólica na rua e continuaram bebendo em casa. Segundo ele, Gabrielly sabia que tinha uma arma de fogo na residência e decidiu pegar o objeto para brincar. "Ela começou a apertar o gatilho da arma em direção à perna", afirmou o acusado, em depoimento.
O suspeito disse ainda que, em determinado momento, Gabrielly passou a arma para ele e, sem motivo algum, ele apontou na cabeça dela, na certeza de que o revólver não iria disparar. Porém, a arma disparou, acertando a jovem.
"Depois disso, ele afirmou que se desesperou e que resolveu pegar o carro a caminho da delegacia. Nesse momento, acabou a gasolina, e ele voltou para a casa a pé. De lá, ligou para a polícia", conta o delegado.
Suspeito chamou a polícia
Foi o próprio Leonardo quem acionou a polícia. No local do crime, a Polícia Militar apreendeu um revólver calibre .38. O autor do disparo acionou a corporação, por volta das 5h20 desta terça-feira. O caso é investigado pela 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte). Na ficha criminal do acusado, constam passagens por violência doméstica, porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas.
Violência contra a mulher
Reconhecido como crime hediondo desde 2015, o feminicídio consiste no assassinato de mulheres por razão de gênero. Conhecer as nuances e as características que envolvem esse tipo de violação é fundamental para ter um enfrentamento efetivo e evitar que existam novas vítimas.
Onde pedir ajuda
» Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência
Presidência da República / Telefone: 180 (disque-denúncia);
» Centro de Atendimento à Mulher (Ceam) / De segunda a sexta-feira, das 8h às 18h / Locais: 102 Sul (Estação do Metrô), Ceilândia e Planaltina;
» Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) /
Entrequadra 204/205 Sul, Asa Sul / (61) 3207-6172;
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