Cidades

Um dos detentos que fugiu da Papuda se entrega à Justiça

Carlos Augusto Mota de Oliveira deixou o presídio na terça-feira (28/1), junto com dois colegas de cela: André Cândido Aparecido da Silva e Roberto Barbosa dos Santos, que continuam foragidos

Considerado foragido, Carlos Augusto Mota de Oliveira, de 43 anos, entregou-se, na tarde desta sexta-feira (31/1), à Justiça. Ele se apresentou no Fórum de Brasília. O homem cavou um buraco na cela, junto com dois detentos, no Bloco 1 da Ala A do Centro de Detenção Provisória (CDP). O caso ocorreu na última terça-feira (28/1). André Cândido Aparecido da Silva, 40, e Roberto Barbosa dos Santos, 41, são procurados

 

 

 

A Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) não informou se Carlos Augusto detalhou onde se escondeu nos últimos dias. A pasta se limitou a dizer que o detento foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML), para realizar exames. Ele será encaminhado ao CDP ainda nesta sexta-feira (31/1). As buscas pelos demais foragidos continuam. Quem tiver qualquer informação pode denunciar pelos telefones (61) 3234-4486, 197 e 190. 

 

Estrutura vulnerável 

Conforme apuração inicial da Sesipe, a suspeita inicial é que o trio teria usado talheres para escavar a parede da cela, ainda na madrugada da fuga. O prédio é da década de 1960 e é feito com tijolos e uma fina camada de cimento. O trio conseguiu acesso ao teto da penitenciária. Os acusados seguiram por baixo das telhas da laje estrutural, pularam um muro e, depois, ultrapassaram a cerca de proteção. 

Na quarta-feira (29/1), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) decretou interdição para reforma emergencial na ala. A Sesipe tem até 120 dias para apresentar um projeto de obras para o local, que aloca 330 presos provisórios, com idades entre 40 e 60 anos. Os detentos foram realocados para outros locais do CDP. 
 
O plano inicial da Sesipe é entregar o plano de reforma antes do prazo. O objetivo é reforçar a estrutura do local, que é considerada vulnerável pela pasta. Além disso, a secretaria também visa ampliar as câmeras de segurança interna da Papuda, assim como instalar novos scanners — para revista de visitantes.  
 
A Sesipe abriu um procedimento administrativo interno para apurar as circustâncias da fuga, assim como para avaliar se houve favorecimento por parte de algum servidor. Ainda não há indícios do envolvimento de agentes penitenciários na fuga.