O corpo do professor Odailton Charles de Albuquerque Silva, 50 anos, será velado a partir das 9h desta quinta-feira (6/2), na Igreja Adventista de Águas Claras. Por volta das 15h, o corpo será encaminhado para o Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, onde ocorrerá o sepultamento, marcado para as 16h. O docente morreu após passar mal na Escola Classe 410 Norte, onde trabalhava. Ele foi internado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) na última quinta-feira (30/1) e faleceu na terça-feira (4/2).
Odailton precisou de atendimento médico após relatar mal-estar ao tomar um suco de uva oferecido por uma colega de trabalho. Ele relatou o ocorrido a amigos da instituição por mensagem de WhatsApp. A mulher dele, Priscilla Santa de Lima Albuquerque, 39, registrou um boletim de ocorrência na 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) no dia do ocorrido.
Em relato a agentes, Priscilla disse que encontrou o marido em uma maca do Hran. Ela disse que o professor estava "inconsciente, tremia, babava sem parar e se contorcia a todo momento". A mulher levou um pendrive para os investigadores, com os áudios de Odailton, além de uma bolsa térmica com gelo, onde estava as roupas usadas pelo professor quando ele passou mal.
Após quatro dias internado, Odailton morreu na terça-feira. A médica que o atendeu solicitou à Polícia Civil que o corpo fosse encaminhado para necropsia no Instituto de Medicina Legal (IML), pois suspeitava que o professor tinha falecido após sofrer uma intoxicação venenosa.
Avaliação preliminar indicou que Odailton teria morrido por contaminação por algum tipo de organofosforado, substância presente em inseticidas, agrotóxicos e também no veneno para rato, conhecido como chumbinho. O laudo oficial do IML e do Instituto de Criminalística (IC) não está pronto, mas foi requerido para auxiliar as investigações da 2ª DP.
Desde a morte do professor, outros quatro integrantes do corpo docente da Escola Classe 410 Norte pediram transferência para a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF), conforme apuração do Correio. Um teria conseguido sair da instituição e os demais aguardam posicionamento. A reportagem entrou em contato com a pasta e aguarda resposta. Mais cedo, a SEDF informou que aguardava a finalização do inquérito policial da 2ª DP para adotar as medidas cabíveis ao caso.