Justiça mantém condenação e aumenta pena de assassino de médica do HRT

Gabriela Rebelo Cunha foi morta pelo motorista em outubro de 2018. A condenação do homicida, Rafael Henrique Dutra da Silva, passou de 31 anos e 6 meses para 32 anos e 10 meses de reclusão

Correio Braziliense

postado em 14/04/2020 18:34

A Justiça do Distrito Federal manteve a condenação de Rafael Henrique Dutra da Silva pelo assassinato da médica e diretora do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) Gabriela Rebelo Cunha, 44 anos. A pena do réu foi aumentada de 31 anos e 6 meses para 32 anos e 10 meses de reclusão. A medida foi mantida pela 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), após a interposição de recurso pela Promotoria de Justiça Criminal de Taguatinga.

Em primeira instância, o acusado havia sido condenado apenas pela prática dos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver. Na apelação, o Ministério Público pediu a reforma da decisão a fim de que fosse reconhecida a prática de 14 furtos qualificados. A Justiça acolheu a tese e aumentou a pena do réu em mais um ano. 

Relembre o crime

Gabriela foi morta em 24 de outubro de 2018 por Rafael, que, à época, era motorista da vítima. Em razão da confiança mantida no funcionário, ela entregou a ele uma procuração para fazer movimentações bancárias e pagamentos cotidianos. Após Gabriela recolher o documento, o acusado guardou uma cópia, que foi usada para fazer saques depois que a médica foi assassinada. 

 

 

Quando soube que a vítima havia recebido o valor referente à venda de um imóvel, Rafael decidiu matá-la para ficar com o dinheiro. Em 24 de outubro de 2018, após saírem de um banco em Sobradinho, ele levou Gabriela a um local ermo, onde matou a vítima e levou os bens dela. Durante dois meses, Rafael se passou por Gabriela e manteve contato por e-mail e mensagens de celular com os parentes e amigos da vítima. 

Ele efetuou diversos saques na conta bancária da médica até, pelo menos, 11 de dezembro de 2018. O corpo de Gabriela foi encontrado apenas em janeiro de 2019. A defesa também interpôs recurso e conseguiu reduzir a pena do latrocínio de 30 anos para 27 anos de reclusão. A pena total, no entanto, com o acolhimento da tese ministerial, foi majorada.

Com informações do MPDFT