Cidades

Polícia Civil investiga ameaça de morte a conselheiro tutelar de Ceilândia

Profissional diz que homem que o ameaçou é pai de bebê encontrado morto em hotel no começo do mês

Correio Braziliense
postado em 14/07/2020 21:10
A 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) investiga o casoA Polícia Civil do Distrito Federal investiga um caso de ameaça de morte feita a um conselheiro tutelar de Ceilândia durante o trabalho. Segundo o conselheiro ameaçado, Eduardo Rezende, o homem que fez as ameaças é o pai de um bebê encontrado morto em um hotel na início de julho. O casal foi preso em flagrante e liberado no dia seguinte. A outra criança que vivia com a família no quarto de hotel, uma menina de 1 ano e meio, foi levada a um abrigo, o que teria gerado a revolta do suspeito. 

De acordo com a ocorrência registrada na 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), na segunda-feira da semana passada (6/7), dois dias depois de ser solto, o homem de 29 anos esteve no 2º Conselho Tutelar e fez ameaças públicas ao conselheiro. Ele teria chegado ao local e procurado pelo conselheiro que encaminhou a menina a um abrigo, após eles serem presos em flagrantes. 

Segundo contou o conselheiro ameaçado ao Correio, o suspeito “disse para a chefe do administrativo que queria saber quando poderia me encontrar tête-à-tête para me ensinar como tirava a criança dos outros". "Isso tudo em tom de ameaça, com um mochila virada para frente e simulando que estava com algo por trás da mesma.”
 
Dois dias depois, o homem teria ido novamente ao Conselho Tutelar e reforçado as ameaças. “Na quarta, ele voltou, perguntando por mim novamente, dizendo que já tinha sido preso por várias vezes, e que, dessa vez, seria por um motivo sério. Que por conta do ocorrido ele andava armado, pois estava sendo ameaçado na rua", detalha. 
 
Além de registrar ocorrência sobre a ameaça, Eduardo Rezende expôs o caso nas redes sociais. Ele publicou um vídeo onde narra as ameaças e desabafa sobre as dificuldades do trabalho. O vídeo teve dezenas de compartilhamentos e muitos comentários de apoio e de indignação. Um deles diz: “quando um conselheiro é ameaçado no exercício de sua função, todo colegiado é ameaçado”. Outro critica: “os conselheiros deveriam ter todo o apoio do Estado, a começar por uma área adequada para o seu trabalho, bem como segurança”.

A Secretaria de Justiça, responsável pelos Conselhos Tutelares do Distrito Federal, foi procurada para comentar o caso. Em nota, disse que “o assunto fica a Cargo da Polícia Civil”. A assessoria de comunicação da PCDF disse que o caso está sendo investigado.

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