Cidades

Pedófilo que abusou de 60 meninos do DF responderá por estupro virtual

A previsão inicial é que a Polícia Civil finalize o inquérito do caso até a próxima quarta-feira (29/7)

Correio Braziliense
postado em 27/07/2020 17:10
Olho com @, e uma criança no fundo.A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) finalizará, nesta semana, o inquérito relacionado a investigação do caso do pedófilo de 31 anos acusado de abusar sexualmente de mais de 60 meninos, com idades entre 11 e 14 anos. O acusado, morador de Gonçalves Dias, município do interior do Maranhão, foi preso por meio de operação realizada pela 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro). 

O suspeito foi investigado por quatro meses, após a denúncia de um garoto, morador de Taguatinga. Durante o período, agentes conseguiram identificar dois perfis falsos que o pedófilo utilizava no Instagram para atrair as vítimas e, posteriormente, ameaçá-las para conseguir materiais pornográficos. 

Em um primeiro momento, o acusado usava um perfil de uma mulher, jovem. Desse modo, conseguia de confiança dos meninos e pedia fotos deles nus. Após adquirir o material, pedia que as vítimas o seguissem em um segundo perfil, também falso, mas de um homem. Os nomes usados eram Talita e Henrique — o Instagram retirou as páginas da plataforma

Segundo a delegada Elizabeth Frade, adjunta da 12ª DP, com materiais pornográficos desses meninos, o pedófilo passava a ameaçá-los. “Ele passava a pedir vídeos de cunho sexual explícito e uma postura ativa dessas vítimas quanto a produção do material. Caso os pedidos não fossem atendidos, o acusado passava a falar que, se não recebesse a pornografia, divulgaria todas as fotos desses garotos pela internet”, explica. 

Ele responderá pela armazenagem de conteúdo pornográfico infantojuvenil e, também, por estupro virtual. “Essa é uma modalidade nova, com poucos casos julgados. Mas, nesse caso, temos elementos suficientes para comprovar que ele satisfazia a própria lascívia com esses materiais coagindo as vítimas. Ora pela vulnerabilidade da vítima, ora por meio de ameaça”, esclarece a investigadora.

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