Economia

CAE aprova indicação de Roberto Campos Neto para o Banco Central

A decisão foi feita na tarde desta terça-feira (26/2). A aprovação final ainda precisa ser feita no Plenário do Senado. A

Hamilton Ferrari
postado em 26/02/2019 15:23
O economista Roberto de Oliveira Campos Neto, indicado pela Presidência da República para o cargo de presidente do Banco Central, durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

A nomeação do economista Roberto Campos Neto para presidir o Banco Central (BC) foi aprovada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Ao todo, foram 26 votos a 0. Agora, a aprovação final ainda precisa ser feita no Plenário do Senado. Os diretores João Manoel Pinho de Mello e Bruno Serra Fernandes também tiveram o aval da Casa Legislativa.
A decisão foi feita na tarde desta terça-feira (26/2). Mais cedo, durante seu discurso, Campos Neto defendeu que o atual governo entrou no poder para implementar uma ;agenda modernizadora e liberalizante;. ;É hora de fazer mais com menos recursos;, ressaltou Campos Neto. ;É necessário eficiência, transparência, prestação de contas e mensuração de impacto quanto ao uso de recursos públicos;, completou.
Além disso, o economista apontou que o Estado brasileiro precisa abrir espaço para a atividade privada, ;saindo de cena, reduzindo drasticamente sua atuação, em diversas áreas;. Campos Neto elogiou o atual presidente do BC, Ilan Goldfajn, e afirmou que dará continuidade às políticas, como a Agenda BC%2b. Goldfajn foi responsável por ancorar as expectativas de inflação e juros e reduziu a taxa Selic para 6,5% ao ano ; considerada o menor nível da história.
;O trabalho realizado pelo Banco Central desde meados de 2016 foi excelente;, ressaltou Campos Neto. ;Conseguiu reduzir a inflação e balizar as expectativas. Esse trabalho só foi possível, a meu ver, com o reforço da credibilidade institucional, que se encontrava abalada pelos resultados negativos colhidos em 2015 e em parte de 2016;, completou.
O economista disse que vai trabalhar para a modernização do sistema financeiro brasileiro. De acordo com ele, é preciso promover programas de microcrédito e estímulo ao cooperativismo, além de preparar o Brasil para as novas tecnologias como blockchain, inteligência artificial e outras inovações.

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