Economia

''CPMF de volta, não'', garante Bolsonaro após fala de Guedes

O encontro com a imprensa estrangeira ocorreu na manhã desta sexta-feira (19/7) e foi transmitida em uma live no Facebook do presidente

Deborah Fortuna
postado em 19/07/2019 13:42 / atualizado em 11/09/2020 18:15

foto do presidente Jair Bolsonaro

Questionado sobre o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o presidente Jair Bolsonaro, em café da manhã com jornalistas de veículos internacionais, garantiu que o governo poderá "fundir impostos, mas CPMF de volta, não".

 

"Não criaremos nenhum novo imposto. Conforme explanado na última reunião de ministros, queremos fazer uma reforma tributária ao mexer com os impostos federais apenas", afirmou.

 

O tema voltou a ser discutido nos bastidores do governo após o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltar a falar sobre uma nova CPMF, com uma alíquota maior do que a anterior. A proposta da reforma tributária de Guedes é de que haja uma alíquota de 0,60% sobre as movimentações financeiras ; porcentagem maior do que os 0,38% cobrado em 2007.

 

"Queremos simplificar os tributos federais, e não criando nenhum novo imposto", informou Bolsonaro nesta sexta-feira.

 

O encontro com a imprensa estrangeira ocorreu na manhã desta sexta-feira (19/7) e foi transmitida por meio de uma live no Facebook do presidente. Entre outros assuntos, Bolsonaro também comentou sobre a pobreza e fome no Brasil, e sobre uma possível reeleição em 2022.

 

Além disso, Bolsonaro também comentou sobre as relações internacionais do Brasil. Questionado sobre a relação com a Rússia, o presidente disse que tem "bastante respeito" por Vladimir Putin. "Nós não temos mais um viés ideológico como tínhamos no passado, preferência por países. Estamos abertos a fazer comércio com o mundo todo", disse. "Espero inclusive que a Rússia nos ajude a resolver a questão da Venezuela", completou.

 

FGTS

 

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que as informações sobre o saque do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) vazou antes que os estudos estivessem concluídos. "O que está garantido, e foi dito ontem ao presidente José Carlos Martins, da CBIC, é que os recursos que financiam a habitação popular no Brasil estão rigorosamente assegurados e estão garantidos e protegidos. Vamos usar uma outra parte para poder criar uma situação muito mais favorável aos trabalhadores brasileiros", disse.

 

Em uma viagem internacional na Argentina, o presidente havia afirmado nesta quinta-feira (18/7), que o governo deveria anunciar as regras para os saques do FGTS ainda nesta semana. Mas, logo depois, Onyx informou que o .

 

Durante o encontro com jornalistas, Onyx garantiu que a equipe técnica concluirá todos os estudos até a tarde da segunda-feira, e que na terça-feira, será apresentado ao presidente. Às 16h da quarta-feira (23/7), a expectativa é que a medida provisória seja assinada por Bolsonaro.

 

 

 

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