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MEC apresenta balanço: ''Melhor Enem de todos os tempo'', diz ministro

Pasta avalia ações de 2019 e expectativas para 2020. Weintraub fala sobre Pisa e mudanças nos livros didáticos

Correio Braziliense
postado em 09/01/2020 11:05
Abraham Weintraub apresentou as ações feitas em 2019 e projetou expectativas para 2020
 
Em café da manhã com jornalistas na sede do Ministério da Educação (MEC), o chefe da pasta, Abraham Weintraub, apresentou as ações feitas em 2019 e projetou expectativas para 2020.
 
Na área de alfabetização, foi destacado o programa Conta para Mim. "Crianças que têm os pais e familiares lendo para elas têm um resultado muito acima do que as crianças que não têm." Serão investidos R$ 45 milhões no programa, e a previsão é que sejam beneficiadas 1 milhão de crianças. 
 
"No caso da alfabetização, existe uma preocupação muito grande no aspecto qualitativo. A coisa mais importante foi trazer o que está dando certo no mundo, com base em aspectos científicos", afirmou Weintraub. De acordo com o secretário de Alfabetização, Carlos Nadalim, uma nova política nacional de alfabetização será lançada ainda no início deste ano.

Educação básica

O ministro falou sobre a necessidade de melhorar o resultado do país no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). "Vamos tirar o Brasil da última posição da América do Sul e colocar ele até 2030 na primeira colocação", prometeu. Na ocasião, ele voltou a atribuir o resultado abaixo da média aos governos do Partido dos Trabalhadores (PT). “Quem fez o Pisa em 2018, o pior aluno da América do Sul é 100% fruto do PT.”
 
Para melhorar o cenário, ele afirma que ampliará o programa de escolas cívico-militares e o modelo do novo ensino médio. A previsão é de que, até 2023, 220 escolas participem da gestão compartilhada. "As famílias gostam do modelo e tem muita demanda."
  
Também abordou o programa Escola de Todos, com ações para combater bullying e melhorar o ambiente dos colégios. O ministro afirmou que o programa veio como uma alternativa para o movimento Escola sem Partido. "Em vez de proibir a doutrinação, é permitir que as crianças tenham um ambiente plural na escola."
 
Sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Weintraub foi categórico. "Teve Enem e foi o melhor de todos os tempos. Disparado. Não houve nem críticas nesse sentido." Ainda em 2020 começa a ser testado o projeto piloto do Enem Digital, que será aplicado para candidatos que manifestem o interesse em fazer o exame on-line, de forma voluntária.

Livros didáticos


Na última semana, Weintraub e o presidente Jair Bolsonaro comentaram as mudanças que ocorrerão nos livros didáticos a partir de 2021, quando entram os novos contratos da gestão do governo atual. Segundo eles, a gestão pretende “suavizar” a linguagem dos livros porque tem “muita coisa escrita”.
 
Sobre o tema, o secretário executivo do MEC, Antonio Paulo Vogel, disse que o “objetivo é que os livros didáticos sejam livros de ensino e, qualquer coisa que for relacionada à doutrinação, não vai entrar”. Quando questionado sobre se já houve casos de doutrinação por meio do material didático, o secretário disse que não comentaria o assunto.

Fundeb

Durante a coletiva, Abraham Weintraub anunciou que apresentará uma proposta de Emenda à Constituição (EC) ao Congresso Nacional para aumentar a participação do governo federal no financiamento educação básica a partir do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Atualmente, o governo federal financia 10% do Fundeb, o restante é mantido pelos estados. O plano é aumentar a contribuição da União para 15%.

Ensino superior

Em relação ao acesso ao ensino superior, serão ofertadas 249 mil bolsas no primeiro semestre de 2020 por meio do Programa Universidade Para Todos (Prouni). De acordo com dados do Ministério da Educação, essa é a maior oferta de bolsas desde a criação do programa, em 2005.
 
Nas universidades federais, o destaque foi a criação de cinco novas instituições nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. O ministro chamou a atenção para o dado de que 100% dos recursos destinados às universidades federais foram descontingenciados, e o investimento de R$ 219 milhões para a conclusão de obras paradas e aquisição de placas fotovoltaicas para produção de energia elétrica. “Há uma concentração dos recursos do MEC em áreas mais ricas. Nossa preocupação é criar áreas de pesquisa com potencial econômico maior”, avalia Weintraub.

Assista ao vídeo da coletiva completa abaixo:

 
*Estagiária sob supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa 

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