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CEF 1 do Riacho Fundo II é a 10ª escola do DF com gestão compartilhada

Modelo aprovado em votação passou a valer durante período de suspensão de aulas presenciais

Correio Braziliense
postado em 23/07/2020 16:09
Modelo aprovado em votação passou a valer durante período de suspensão de aulas presenciaisO Centro de Ensino Fundamental (CEF) 1 do Riacho Fundo II começou a implementar a gestão compartilhada de ensino. O modelo é uma parceria entre as secretarias de Educação e de Segurança Pública do Distrito Federal, e atualmente é aplicado em dez instituições de ensino públicas da capital.

A escolha pelo tipo de gestão do CEF 1 se deu a partir de uma votação realizada pela comunidade escolar em outubro de 2019. Durante este período, o centro de ensino passou por ajustes para adaptação. 

A implementação do modelo acontece durante o período de suspensão de aulas presenciais, medida governamental de combate ao novo coronavírus. Durante estes dias sem atividades nas escolas, o subsecretário de Escolas de Gestão Compartilhada, coronel Alexandre Ferro, argumentou que os militares lotados nas instituições estão trabalhando em prol da instituição.

“Assim como nos outros nove colégios com o modelo, os militares estavam dando suporte, tanto no ambiente virtual quanto na entrega de materiais, para aqueles alunos que não têm acesso à internet. Além disso, mesmo sem aulas, nesse período eles têm contribuído com a segurança das instalações dessas escolas”, afirmou.

Críticas 

Em pesquisa realizada nas escolas de gestão compartilhada em agosto de 2019, a Secretaria de Segurança Pública levantou que, dos professores, 75% queriam que os militares permanecessem nas escolas, enquanto 53% dos alunos e 86,9% dos servidores queriam que o programa continuasse. 

O levantamento também mostrou que 53,3% dos estudantes avaliaram o ambiente escolar como seguro e 36,5% como muito seguro. Por outro lado, o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) defendeu que “uma análise mais aprofundada da referida pesquisa verifica que a maioria dos estudantes rejeita a militarização das escolas”.

Outras polêmicas fomentaram o debate sobre o modelo, como o caso de um policial militar que foi filmado agredindo e imobilizando alunos no Centro Educacional 7 de Ceilândia e denúncias de assédio de militares no Centro Educacional 3, em Sobradinho. Para as secretarias que gerem as instituições compartilhadas, esses são problemas pontuais que não refletem o modelo de ensino, que estaria sendo elogiado pela comunidade.  

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